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Economia

Com orgânicos a R$ 3, ônibus vende frutas e verduras em frente a igreja

Renata Volpe Haddad | 13/04/2016 09:29
Frutas e verduras orgânicas atraem consumidores que alegam que além do preço baixo, o produto é fresco. (Foto: Marcos Ermínio)
Frutas e verduras orgânicas atraem consumidores que alegam que além do preço baixo, o produto é fresco. (Foto: Marcos Ermínio)

Pensando no grande público das novenas de quarta-feira na igreja Perpétuo Socorro, um ônibus da agricultura familiar estaciona no local para vender frutas, legumes e verduras orgânicas com preço único de R$ 3.

Pela terceira semana seguida, o grupo da Organocoop (Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Agricultura Familiar de Campo Grande) que conta com nutricionista, agrônomo e agroecóloga, vende alface, almeirão, tomate cereja, hortelã, rabanete, cenoura, berinjela, laranja, banana, entre outras frutas e verduras sem agrotóxico.

De acordo com o presidente da Organocoop, Vanderlei Azambuja Fernandes, são 1,2 mil verduras e frutas por feira. "Chegamos às 6h aqui e quando dá 11h, já não tem mais nada para vender", garante.

Conforme Fernandes, a demanda ainda é pouca para tanta procura. "Temos 41 produtores que produzem para as feiras, mas como o orgânico é produzido por safra, acaba que a procura é maior que a demanda. Porém, estamos nos organizando para podermos ter mais produtos e ficar estacionados aqui em frente à igreja o dia todo", explica.

Ônibus da agricultura familiar estaciona todas as quartas-feiras em frente da igreja Perpétuo Socorro para vender frutas e verduras orgânicas a R$ 3. (Foto: Marcos Ermínio)
Ônibus da agricultura familiar estaciona todas as quartas-feiras em frente da igreja Perpétuo Socorro para vender frutas e verduras orgânicas a R$ 3. (Foto: Marcos Ermínio)

Segundo o presidente da cooperativa, o ônibus foi adaptado e doado devido a uma parceria entre o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Sebrae e Prefeitura de Campo Grande.

"Eu também sou produtor e por mês, produzo 1 mil pés de folhagem por mês. Cada agricultor familiar que faz parte da cooperativa, produz folhagem dentre outras coisas, mas como a demanda do orgânico está crescendo muito, chega uma hora que o produto falta", informa.

Para a agroecóloga Taís dos Santos Araújo, produzir sem agrotóxico é bem mais difícil. "Só que os agricultores já estão acostumados, pois trabalham com isso há anos. Nosso trabalho é voltado para a prevenção dos cuidados dos produtos e vem dando certo", explica.

Consumo – A prestadora de serviços Ângela Maria da Silva, 49, vai toda quarta-feira à novena. "Mas hoje é a primeira vez que venho comprar no ônibus. Acho interessante essa ideia porque está mais perto da gente e os produtos são frescos", relata.

Para a aposentada Maria Gomes Aparecida, 71, o ponto é estratégico para os clientes. "Além disso, as verduras são orgânicas e eu acho difícil encontrar esse tipo de produto em Campo Grande", informa.

O aposentado Carlos Vilela, 65, diz que não perde a oportunidade de comprar uma verdura orgânica. "Hoje é a primeira vez que compro aqui e já vou garantir minhas verduras, porque é bem mais barato que em outros lugares", comenta.

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