Conselho do FCO aprova mudanças para dar celeridade aos financiamentos
Foi aprovado em reunião extraordinária dos membros do Conselho de Investimentos Financiáveis pelo FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) a homologação da resolução que permite e regulamenta medidas para dar mais celeridade a concessão de financiamentos pelo fundo.
O encontro aconteceu na sede da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar)) em Campo Grande. As mudanças foram definidas durante a 6ª Reunião Ordinária do Condel/Sudeco (Conselho Deliberativo do FCO), em Brasília, no mês de abril.
As mudanças visam simplificar os procedimentos e facilitar as contratações de empréstimos, explicou o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck. A principal alteração é a elevação do teto de exigência de Carta Consulta, que antes era de R$ 250 mil, para R$ 1 milhão.
"Anteriormente qualquer solicitação de financiamento acima desse valor (R$ 250 mil) tinha um trâmite de Carta Consulta junto ao Conselho. A partir de agora esse limite vai para R$ 1 milhão", frisa Verruck, que completa.
"Com isso, deixam de transitar pelo Conselho praticamente 50% das demandas por financiamento no Estado. Estamos descentralizando, o próprio banco vai fazer essa análise direta, o enquadramento e depois só comunica o Conselho sobre essa operação", finaliza o secretário.
No entender dele, a medida vai dar celeridade às operações e propiciar que Mato Grosso do Sul atinja a meta de aplicar a totalidade dos recursos disponibilizados pelo FCO, que é de R$ 2,3 bilhões. "Com isso (a elevação do teto para R$ 1 milhão), sem nenhuma dúvida nós retiramos, no mínimo, 30 dias do prazo normal de tramitação do processo", afirma.
Outro avanço foi a aprovação do giro dissociado, que passa a ser oferecido dependendo do porte de cada empresa, com limite de até R$ 800 mil reais. O giro dissociado é um recurso para sanear as contas da empresa.
Até então o FCO só financiava novos investimentos ou ampliação, agora o mercado passa a contar com mais essa linha de crédito. "Toda essa preocupação tem importância porque 51% dos recursos do FCO devem ser aplicados em micro e pequenas empresas, e essas flexibilizações beneficiam os pequenos empreendedores", pondera Verruck.