Corredor bioceânico: Riedel destaca economia de R$ 126,9 mil por portos chilenos
O governador apresentou uma palestra sobre os impactos do corredor bioceânico em Mato Grosso do Sul
Durante palestra sobre os impactos da Rota Bioceânica em Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel disse que o empreendimento será concluído nos próximos 2 anos, com economia de R$ 126,9 mil pelos portos chilenos. O encontro aconteceu no auditório do Bioparque Pantanal, durante solenidade da Justiça Federal em Campo Grande.
O governador fez questão de citar a redução de custos e a competitividade de Mato Grosso do Sul por meio do corredor bioceânico. Ele disse que seguindo pelos portos chilenos para China, será reduzida em 12 dias a navegação, em comparação com a saída pelo Porto de Santos. A diária de um barco em Santos custa US$ 30 mil (R$ 144,3 mil), enquanto que no Chile fica em US$ 3,6 mil (R$ 17,3 mil), resultando em economia de R$ 126,9 mil, levando em consideração que o dólar está a R$ 4,81, nesta quarta-feira (19).
A comparação específica é feita porque Xangai (China) é um dos principais destinos das commodities de Mato Grosso do Sul e do Centro-Oeste.
Ele também citou os grandes benefícios que o corredor vai trazer para a economia, como a redução dos custos logísticos, novos investimentos em infraestrutura, além do fomento e expansão do turismo.
“Trata-se de um conceito sonhado e discutido por muito tempo (Rota Bioceânica) e que vai se concretizar nos próximos dois anos. Um traçado de 3.320 km que vai passar pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Chile”, destacou.
Riedel enfatizou que a porta de entrada do Brasil será por Porto Murtinho, onde está sendo construída a ponte sobre o Rio Paraguai, na divisa com a cidade de Carmelo Peralta. Depois, o corredor segue pelo norte do Paraguai, entra na Argentina e chega nos portos chilenos, com isso, encurtando o caminho ao Oceano Pacífico.
Ponte - Ainda de acordo com o governador, 24,68% das obras já foram concluídas e a previsão é de a estrutura ficar pronta no 1° semestre de 2025.
A ponte terá 1.294 metros e investimento de US$ 85 milhões, construída pela Itaipu Paraguai. “A cidade [Porto Murtinho] já está recebendo capital privado em investimentos na rede hoteleira, estrutura para receber caminhoneiros e oficinas, e vai ter este potencial turístico e de cargas”, disse.
Segundo Riedel, o recurso federal já está disponibilizado para obra de acesso a Porto Murtinho, pela BR-267. Agora, só falta iniciar a licitação do projeto que vai ficar a cargo do Dnit-MS (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). A expectativa é de investimento de R$ 80,7 milhões somente com a pavimentação do trecho.
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