Desligamento de trabalhador por morte sobe mais de 60% em MS durante pandemia
Dados de desligamentos por óbito foram maiores entre janeiro e março de 2021 e entre julho e setembro de 2020
No pior período da pandemia em Mato Grosso do Sul e no Brasil, houve aumento de 64,4% no número de trabalhadores com carteia assinada que foram desligados dos serviços por terem morrido. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostra essa tendência em todo Brasil.
Em MS, 286 deixaram atividades laborais por óbito entre janeiro e março deste ano. Nos mesmos meses do ano passado, quando a pandemia estava apenas no começo, foram 174. Nos demais trimestres de 2020 foram 152, 238 e 194.
Vale ressaltar que o segundo maior registro de desligamentos do emprego por óbito foram os 238 entre julho e setembro do ano passado, quando o Estado, assim como o Brasil, enfrentou a chamada primeira onda grave de casos e óbitos por covid-19. Ao todo, foram 1.044 desligamentos por morte em MS desde o começo da pandemia.
Em todo País, conforme os dados do Caged, entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os desligamentos dos empregos celetistas por morte no Brasil cresceram 71,6%, passando de 13,2 mil para 22,6 mil. Nas atividades de atenção à saúde humana, o aumento foi de 75,9%, saindo de 498 para 876. Entre enfermeiros e médicos, a ampliação chegou a 116,0% e 204,0%, respectivamente.