ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, SEGUNDA  22    CAMPO GRANDE 22º

Economia

Em MS, mais de 75 mil empresas fecharam setembro endividadas

Segundo a Serasa Experian, dívida média das empresas sul-mato-grossenses é de R$ 16.594,24

Liana Feitosa | 26/10/2022 14:37
Maior quantidade de empresas inadimplentes são do setor de serviços. (Foto: Marcos Maluf / Arquivo)
Maior quantidade de empresas inadimplentes são do setor de serviços. (Foto: Marcos Maluf / Arquivo)

Mato Grosso do Sul fechou o mês de setembro com 75.607 empresas inadimplentes, com 557.684 dívidas negativadas, de acordo com dados do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. O levantamento também aponta que a dívida média das empresas sul-mato-grossenses é de R$ 16.594,24.

No Brasil, 6,3 milhões de empresas estavam com o nome no vermelho em setembro, com 44,6 milhões de dívidas negativadas, totalizando R$ 105,2 bilhões em débitos. No mês anterior, em agosto, Mato Grosso do Sul registrou 78.372 empresas inadimplentes.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, mesmo que algumas variáveis econômicas demonstrem melhora, como a queda da inflação, reverter o quadro de inadimplência exige mais tempo. “A diminuição da inadimplência depende de uma melhora contínua e prolongada. Estamos começando a ver um cenário mais estabilizado agora, mas é necessária uma tendência positiva consolidada para que esse índice de fato comece a regredir”, explica o economista.

Ainda segundo a análise de Rabi, a solução da inadimplência depende de medidas em cadeia. “Quando os consumidores conseguirem limpar seus nomes, vão quitar suas dívidas com as empresas. Essas, por sua vez, com um melhor fluxo de caixa, poderão honrar os compromissos financeiros com parceiros e fornecedores e, dessa forma, a inadimplência da pessoa jurídica tende a diminuir”, finaliza.

De acordo com o levantamento da Serasa, micro e pequenas empresas são maioria dentre as inadimplentes, com aumento de 5% na comparação ano a ano. O setor de Serviços teve a maior participação, de 52,2%, seguido pelo Comércio, com 39,4%. Em sequência estavam as Indústrias (7,9%) e Demais (0,5%).

Segundo o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, Cleber Genero, “as empresas menores tendem a demorar mais tempo para se reerguer, mesmo com a economia estável, por isso é importante planejar uma organização financeira e buscar soluções práticas que auxiliem a cobrança assertiva de clientes e a renegociação de dívidas com parceiros e fornecedores”.

Nos siga no Google Notícias