Empresários apostam na exportação de MS, mas temem economia do país
Mesmo com a atividade industrial em ritmo moderado pelo quinto mês consecutivo, empresários de Mato Grosso do Sul estão otimistas em relação à exportação para os próximos seis meses. Mas apesar da convicção quanto a saída de produtos e a demanda de mercadorias, eles estão inseguros com a condição de suas empresas, tendo a situação economica do país como a principal influência.
Os dados fazem parte da Sondagem Industrial, realizada no mês de outubro pelo Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).
Na pesquisa, o ICEI/MS (Índice de Confiança do Empresário Industrial) marcou 40,6 pontos em novembro, queda de 1,7 pontos em relação ao mês anterior. Além das condições atuais da empresa, a avaliação da economia brasileira influenciou no resultado, sendo a variável de pior desempenho da sondagem, com 24,1 pontos.
Os indicadores referentes à demanda por seus produtos e a quantidade exportada totalizaram 50,7 e 52,9 pontos, respectivamente, acima da linha divisória dos 50 pontos, como frisou o coordenador da Unidade de Economia e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
No entanto, a pesquisa feita junto às empresas do Estado aponta também que a contratação de empregados e a compra de matéria-prima continuarão estáveis nos próximos seis meses, contabilizada a partir de outubro. Mas apesar da estabilidade, houve aumento nestes índices. “No levantamento anterior, ambos apresentaram índices de 42,2 e 43,6, enquanto nesta sondagem os índices saltaram para 49,4 e 48,5 pontos”, afirmou Ezequiel.
Desde junho, a atividade industrial segue em ritmo moderado no Estado, alcançando em outubro o indicador de 44,9 pontos, 4,7 pontos acima do mês de setembro.
“O nível de utilização da capacidade instalada em Mato Grosso do Sul segue abaixo do usual, com o índice marcando 43,1 pontos em outubro, aumento de 4,7 pontos em relação a setembro. Contudo, o resultado permanece abaixo dos 50 pontos, patamar a partir do qual há o indicativo de utilização acima do usual para o período”, analisou Ezequiel.
Sobre a confiança do empresário, em novembro, para 69,1% dos empresário entrevistados as condições atuais da economia brasileira pioraram, enquanto no caso da economia estadual, na mesma comparação, a piora foi apontada por 56,4% dos participantes.
Com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 36,4% dos empresários, enquanto para 47,3% elas não se alteraram.
De acordo com a pesquisa, 43,6% dos entrevistados se mostraram pessimistas em relação à economia brasileira para os próximos seis meses. Já sobre a economia estadual, o índice apresentou maior credibilidade, caindo para 41,8%.
Ao todo, 32,7% e 40% declararam que a situação deve permanecer a mesma, tanto na brasileira, quanto na estadual.
Por fim, com relação ao desempenho da própria empresa, 32,7% dos respondentes mostraram-se pessimistas, 41,8% disseram que deve permanecer a mesma condição e 16,4% afirmaram estar confiantes.