Escolas particulares prevêem reajuste médio de 8% na mensalidade
Pais têm direito de conferir planilha de custos que justifique o aumento
A três meses do fim do ano, pais de alunos já começam a se preocupar com o aumento da despesas com as mensalidades das escolas particulares. A cada ano, as instituições aplicam reajuste médio de 8%, em Campo Grande, segundo o Sintrae (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul). Como não há uma tabela, fica a critério das escolas definir o reajuste, por isso os pais devem ficar atentos e cobrar informações sobre o que, de fato, está motivando o acréscimo no valor das mensalidades.
Uma planilha com a comparação do aumento dos custos da escola de um ano para ou outro deve ficar a disposição dos pais, de acordo com o Procon (Superintendência da Orientação e Defesa do Consumidor). O superintendente do Procon, Alexandre Rezende, explica que para determinar o reajuste, as escolas são obrigadas a fazer uma planilha de custo do ano letivo anterior e do seguinte e comprovar que houve aumento do custo operacional. “Aquele percentual que onerou, a escola pode repassar para a mensalidade escolar. Essa planilha tem que ser acessível a ficar disposição dos pais, que podem pedir esse documento a qualquer momento”, destaca.
O superintendente ressalta que o acesso dos pais a essa planilha tem que ser facilitado pelas escolas. “Quando o pai suspeitar que o aumento na mensalidade é abusivo, deve avisar o Procon que fará investigação”, afirma Alexandre. Segundo ele, em novembro, as escolas devem começar a entregar ao Procon os documentos informando qual reajuste pretendem fazer nas mensalidades. De acordo com a presidente do Sintrae, Maria da Gloria Paim Barcellos, até a segunda quinzena de outubro as escolas devem apresentar os percentuais que irão aplicar sobre as mensalidades. “Na quarta-feira (24), nós reunimos as escolas, passamos as informações e agora até outubro elas tem até como prazo até o fim de outubro para fazer o levantamento do reajuste”, explicou.
Na semana passada, o Procon se reuniu com diretores e professores de escolas de Campo Grande e do interior do Estado a fim de alertar as escolas para evitar irregularidades que prejudiquem os clientes. “O encontro é uma ação que ocorre todos os anos para prevenir problemas nas escolas. Os educadores são orientados quanto ao que é permitido e o que não é sobre preços de mensalidade, material escolar, aulas extra curriculares, contratos, entre outros”, explicou Alexandre, ao lembrar que todas as instituições já estão cientes de como devem agir.