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Economia

Funcionários demitidos de rede de loja aceitam parcelamento de salários

Acordo não abrange Capital, que ainda está em negociação dos pagamentos, após fechamento da Eletrosom em MS

Silvia Frias | 14/07/2022 09:58
Loja da Eletrosom fechada em Campo Grande pegou clientes de surpresa. (Foto: Henrique Kawaminami)
Loja da Eletrosom fechada em Campo Grande pegou clientes de surpresa. (Foto: Henrique Kawaminami)

A maioria dos ex-funcionários das lojas Eletrosom do interior do Estado aceitou a proposta da empresa e vão ter os salários a receber parcelados em até 12 vezes. O valor não pode ser inferior a R$ 1.350,00. No dia 11 de julho, a rede fechou as portas em Mato Grosso do Sul, encerrando em definitivo as atividades.

O acordo foi firmado ontem, em reunião virtual com os trabalhadores das lojas de Água Clara, Chapadão do Sul, Costa Rica, Cassilândia e Ribas do Rio Pardo, representados pela Fetracom-MS (Federação dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul), além dos que estão sob responsabilidade do sindicato do Comércio de Três Lagoas.

Aviso dado aos clientes, na porta da loja. (Foto: Direto das Ruas)
Aviso dado aos clientes, na porta da loja. (Foto: Direto das Ruas)

O presidente da Fetracom-MS, Douglas Silgueiro disse que 28 trabalhadores participaram da reunião e, a maioria, decidiu por aceitar a proposta da empresa. Inicialmente, representantes da Eletrosom ofereceram parcelamento mensal de R$ 800, que foi rejeitado pela categoria. “Isso seria abaixo do piso da federação, não têm condições”, disse Silgueiro. A federação fez contraproposta, alterando o valor e foi acordado o valor mínimo de R$ 1.350,00 em até 12 vezes, que é o salário comercial.

De acordo com Silgueiro, há trabalhadores que tem de R$ 5 a R$ 8 mil para receber e, para esses, o valor a ser pago não chega ao prazo de um ano estipulado.

No entanto, seis funcionários não aceitaram o acordo e optaram em entrar com ações na Justiça para receber os valores devidos, atualizados com multas previstas. O presidente da Fetracom disse que a dissidência não inviabiliza o acordo firmado com os outros trabalhadores.

O acordo firmado para os ex-funcionários do interior não abrange a categoria em Campo Grande, que é representada pelo Sindicato dos Empregados do Comércio. Na capital, os funcionários rejeitaram o parcelamento e aguardavam uma contraproposta da empresa.

A reportagem entrou em contato como presidente do sindicato, Carlos Sérgio dos Santos, que, ontem, falou de manifestação que seria realizada nesta quinta-feira, em Campo Grande. Santos disse que ainda está em negociação com a empresa e não iria se manifestar no momento.

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