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Economia

Golpe do celular invadido: relatório mostra culpa dos bancos e o que fazer

Mais comum a cada dia, o Instituto de Defesa do Consumidor descobriu que os bancos têm condições de evitar

Por Ângela Kempfer | 04/10/2023 14:25
Imagem da capa de relatório concluído pelo IDEC. (Foto: Reprodução)
Imagem da capa de relatório concluído pelo IDEC. (Foto: Reprodução)

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) revelou uma fraude em crescimento conhecida como "golpe do celular invadido", também chamado de "golpe do acesso remoto" ou "golpe da mão fantasma". Nesse golpe, criminosos acessam o aplicativo bancário das vítimas por meio de um software de acesso remoto, fingindo serem atendentes ou gerentes de banco.

O processo envolve a persuasão da vítima a baixar um link que instala um programa no celular. Com esse programa, os golpistas podem acessar remotamente o dispositivo e, quando a vítima insere sua senha bancária, eles roubam o dinheiro.

O golpe também se vale da "engenharia social", uma técnica de enganação na qual os criminosos utilizam linguagem técnica e informações pessoais das vítimas obtidas de vazamentos de dados para se passarem por funcionários bancários.

O Idec conduziu um estudo de segurança bancária durante seis meses, iniciando em abril de 2023, e concluiu que os bancos têm a capacidade de bloquear efetivamente o acesso remoto aos aplicativos bancários como medida preventiva.

Como resultado desse trabalho, o Idec produziu um relatório que aponta a responsabilidade dos bancos em relação ao golpe do celular invadido. Bancos que não adotam medidas de segurança para bloquear o acesso remoto podem ser responsabilizados por eventuais golpes, incluindo a devolução do dinheiro das vítimas, o cancelamento de empréstimos e compras fraudulentas, e a correção de registros de crédito negativo.

O relatório do Idec fornece uma ferramenta importante para as vítimas buscarem a recuperação de seu dinheiro perdido, seja por meio de contato direto com os bancos, denúncias aos órgãos de defesa do consumidor ou ação judicial.

Além do relatório, o Idec ensina o que fazer para buscar reembolso junto aos bancos por meio de ações judiciais, com base no Artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor e a Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça, argumentando que os bancos são responsáveis pelos golpes devido as falhas em seus sistemas de segurança.

O Instituto iniciou sua investigação após receber inúmeras reclamações sobre o golpe no Nubank e posteriormente notificou os três maiores bancos privados no Brasil: Bradesco, Itaú e Santander. Todos se comprometeram a aprimorar suas medidas de segurança.

Após testes, ficou claro que um banco conseguiu bloquear com sucesso o acesso remoto a seu aplicativo, levando a concluir que todos os bancos deveriam adotar essa medida.

O Idec enfatiza a importância de todos os bancos implementarem bloqueios efetivos contra o acesso remoto para proteger os consumidores e evitar golpes. Bancos que optarem por não fazê-lo podem ser responsabilizados por danos às vítimas.

Veja clicando aqui como prevenir o golpe.

Neste link você fica sabendo o fazer em caso de prejuízo.

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