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Economia

Governo restringe consignados ao BMG e taxa de juros sobe para 1,99%

Nícholas Vasconcelos | 25/04/2013 18:50

Os servidores públicos que procuram empréstimos consignados voltaram a ter que fazer operações financeiras somente com um banco. Desde que o sistema de empréstimos Econsig (Sistema Digital de Consignações do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul) passou por atualização no início de abril somente o banco BMG pode emprestar dinheiro com desconto em folha de pagamento.

Durante dois anos essa modalidade de empréstimo foi restrita ao Banco do Brasil, que detinha a exclusividade por meio de contrato com o Governo do Estado desde 2010. No ano passado, decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), Banco Central e Cade (Conselho Administrativo de Direito Econômico) determinaram que as operações fossem abertas para outros bancos. Com a liberação, além do Banco do Brasil, começaram a operar o BMG, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Santander.

O reflexo na restrição a um único banco já é percebido nas taxas de juros. Segundo a presidente do Sincedecc (Sindicato dos Corretores de Crédito de Mato Grosso do Sul), Cleide Salentim dos Santos, antes a taxa era de 1,7 % e passou para 1,99 % e isso reflete diretamente no bolso do consumidor além no dos empresários.

“A comissão caiu 45% sobre o que ganhava antes e também muitas pessoas têm restrição com o BMG, outras estão devendo cartões do banco”, explicou.

De acordo com Cleide, a informação repassada pela vice-governadora Simone Tebet (PMDB) é que o sistema liberaria os demais aos poucos, o que até agora não ocorreu.

Pela taxa de juros antiga, o servidor público que pegava um empréstimo de R$ 1 mil dividido em 72 meses pagava no final R$ 1.792,80. Com a mudança, o valor final da transação sobe para R$ 1.929,60, uma diferença de R$ 136.

Cleide lembra ainda que depende dos bancos e dos servidores públicos cobrarem a liberação dos demais bancos. “O Governo tem um contrato com os bancos e não está cumprindo com esse contrato”, disse.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo do Estado, mas não obteve retorno sobre a liberação dos empréstimos consignados.

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