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Economia

Greve dos auditores fiscais da Receita Federal pode causar filas na fronteira

Anny Malagolini | 12/07/2016 11:05

Os auditores fiscais da Receita Federal em Mato Grosso do Sul irão paralisar suas atividades a partir de amanhã, 13, como forma de pressionar o governo a enviar ao Congresso Nacional o projeto de reajuste salarial dos servidores. A paralisação deve ocorrer em todo o país.

No Estado, o principal impacto da paralisação deve ser na fronteira. Isso porque a categoria prepara intensificar as fiscalizações com a operação denominada “Pente Fino”. A categoria informou por meio do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sinifisco), que a ação consiste em realizar uma rigorosa fiscalização para a liberação de cargas e bagagens, e nas aduanas localizadas na fronteira, a operação poderá provocar filas.

A paralisação deve ocorrer pelo menos dua vezes por semana, nas terças e quintas-feiras, e operação está prevista para ter duração de quatro horas, nos respectivos dias de greve.

Faltando menos de 30 dias para o início dos Jogos Olímpicos, a greve dos servidores poderá afetar também a entrada de produtos internacionais. Para o auditor fiscal Fábio Galizia Ribeiro de Campos, Presidente da Delegacia Regional em MS do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, a fila de veículos na fronteira será apenas um reflexo da paralisação, e apontou ainda que a maior preocupação do governo é com o fluxo de mercadorias durante o período dos Jogos Olímpicos.

Segundo o servidor, a remuneração está defasada há dez anos pela inflação, e os auditores fiscais municipais de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul ganham 40% a mais que a categoria federal – o salário inicial da carreira é R$ 13 mil. “A complexidade e abrangência da Receita Federal é maior”, comparou.

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