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Economia

Grupo chinês pretende investir US$ 320 milhões com fábrica em MS

Mariana Rodrigues | 23/03/2015 19:24
A fábrica da BBCA em Maracaju produzirá alimentos, utilizando como insumo 600 mil toneladas anuais de milho. (Foto: Divulgação)
A fábrica da BBCA em Maracaju produzirá alimentos, utilizando como insumo 600 mil toneladas anuais de milho. (Foto: Divulgação)

O grupo chinês BBCA Corporation, deve iniciar nos próximos meses, a construção da fábrica de processamento de milho que tem previsão de investir US$ 320 milhões em Maracaju. Para atender o grupo, a MS Gás (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul), vai elaborar projeto de viabilidade técnica e econômica para implantação de novo gasoduto, de aproximadamente 160 quilômetros até o município.

A fábrica da BBCA em Maracaju produzirá alimentos, utilizando como insumo 600 mil toneladas anuais de milho, que será utilizado na produção de amido, glucose, maltose, óleo, proteína de milho em pó, fibra alimentar, gérmen de milho, lisina e ácido cítrico. A empresa chinesa ainda estuda a viabilidade econômica para utilizar o gás natural em duas caldeiras para a produção de vapor, para o setor de processamento de alimentos.

Segundo o engenheiro eletricista Airton Faria Vargas, representante do grupo no Estado, a fábrica vai precisar produzir 15 megawatts/dia, e para isso está buscando todas as possibilidades para obter garantias de oferta visando atender grande demanda. “Vamos implantar sistema com o melhor custo benefício, e o gás natural pode ser um deles. Vamos aguardar o estudo técnico e econômico, que vai nos oferecer o suporte necessário para avaliarmos essa possibilidade”, comentou.

O vice-presidente, Cao Mengchen, disse, que o seu grupo tem o maior interesse em baratear custos para viabilizar preços competitivos no mercado internacional, e uma das condicionantes é a efetivação de meios para conseguir baixar o custo da energia. “O gás natural pode constituir num importante insumo para a nossa produção, mas para isso, precisamos de viabilidade econômica. Vamos aguardar esse relatório de impacto técnico e econômico para decidirmos sobre essa fonte de energia”.

O diretor-presidente da MSGÁS, Rudel Trindade Júnior, acrescentou que antes de qualquer comemoração há uma série de etapas que precisam ser cumpridas para a concretização de um acordo nesse sentido. “Nós temos a garantia de um produto com preço competitivo e capacidade técnica para entregar o gás natural na porta da indústria em Maracaju. Estamos confiantes de que poderemos fechar um acordo nesse sentido”, afirmou.

“É claro que existe um longo caminho a percorrer e muita determinação. Basta lembrar que o alto preço da energia elétrica e de outros insumos disponíveis no mercado, como a queima da lenha, tornaram o gás natural competitivo no mercado em que a escassez de energia, está levando o setor produtivo a viabilizar novas fontes para baratear custos e otimizar a produção”, explicou Rudel.

A Gerência Comercial da companhia fará um levantamento das informações necessárias para complementar o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) nos próximos meses.

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