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Economia

Índice de Desempenho Industrial de MS em 2017 supera o do ano anterior

Indicador fechou o ano passado acima dos 50 pontos; volume da produção industrial foi destaque

Humberto Marques | 09/02/2018 08:44
Nível de emprego e produção industrial do Estado colaboraram na evolução do índice. (Foto: Divulgação)
Nível de emprego e produção industrial do Estado colaboraram na evolução do índice. (Foto: Divulgação)

O IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial), criado pelo Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) e calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial, fechou 2017 acima dos 50 pontos, desempenho superior ao de 2016. De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, em dezembro o Índice alcançou 52,1 pontos, sendo oito meses ficando acima dos 50 pontos, iniciando-se em maio do ano passado.

“Em dezembro, o IGDI apresentou queda de 2,8 pontos na comparação com o mês de novembro, porém, esse recuou”, disse Rezende, segundo quem essa movimentação “obedece a um padrão sazonal comum para o período, marcado pelo fim das encomendas para as festas de fim de ano, pelas paradas programadas para manutenção em algumas fábricas e por conta da entressafra naqueles segmentos da indústria que processam insumos como a cana-de-açúcar, soja e milho”.

O coordenador reforça que, nesses 12 meses, a produção industrial subiu 20,1 pontos percentuais, enquanto a intenção de investimento elevou-se em 10,5 pontos percentuais, a confiança cresceu 8,96% e a utilização da capacidade instalada atingiu alta de 4%. Já a contratação de empregados teve alta de 3,9%. Apenas em dezembro de 2017, na comparação com o mesmo mês de 2016, as cinco variáveis tiveram desempenho superior.

Percepção – O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis: emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança. Todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou Ezequiel Resende.

No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto no investimento o Índice leva em consideração a intenção de aplicação para os próximos seis meses. Já da produção é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial.

O IGDI Fiems contou com a avaliação, validação e auxílio técnico do professor-doutor Leandro Sauer, da Esan/UFMS (Escola de Administração e Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). “O professor é matemático com atuação na utilização de métodos quantitativos em economia e tem comprovada experiência na elaboração e uso de indicadores sintéticos”, reforçou Resende.

*Alterado às 9h20 para correção de informações.

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