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Economia

Inflação contribui para queda do movimento do comércio varejista em abril

Mariana Castelar | 13/05/2016 12:54
Para o economista d Normann Kallmu, um dos motivos na queda do movimento do comércio é a queda do poder de compra do consumidor (Foto: Simão Nogueira)
Para o economista d Normann Kallmu, um dos motivos na queda do movimento do comércio é a queda do poder de compra do consumidor (Foto: Simão Nogueira)

O MCV (Movimento do Comércio Varejista da Capital) registrou 87 pontos em abril, cinco pontos a menos que o mês de março deste ano. A queda é ainda maior se comparado a abril de 2015, que fechou com 97 pontos, 10 a mais que o mesmo mês deste ano. Os dados foram divulgados pela ACICG ( Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) nesta sexta-feira (13).

A pesquisa também mostra que os quatro primeiros meses do ano passdo atingiu 385 pontos, 14% menor que o quadrimestre de 2016, que ficou em 330 pontos.

Para o economista da ACICG, Normann Kallmu, os motivos desta redução é a queda do poder de compra do consumidor, a inflação de custos que restringe ainda mais a demanda, e a alteração da carga tributária estadual, que freou a reposição de estoques para nova composição de preços.

“Uma análise da série histórica demonstra que os resultados do mês de abril sempre foram melhores do que os de março, o que não ocorreu neste ano píorando as projeções. Se em março, portanto, havia alguma expectativa ligeiramente otimista em relação a abril, hoje a projeção em relação a maio indica exatamente o contrário, independentemente da ocorrência do dia das Mães, que é a segunda melhor data do calendário do comércio”.

Com estes resultados, o economista acredita que a tendência é que a queda continue em outras pesquisas podendo atingir o MCV-PJ, que que avalia as transações entre as empresas.
“O Índice de Negativação do Consumidor deverá registrar níveis baixos em maio. No nível estadual a insistência do governo em justificar o aumento da carga tributária para viabilizar investimentos, continuará trazendo enorme custo para a economia local, o que pode ser claramente verificado a partir da constatação da redução do MCV-PJ já demonstrado”, finaliza o economista.

Devido a questão política em que o país vem vivendo, Kallmu alerta os empresários para que fiquem atentos a ameaças ou oportunidades que possam surgir neste momento. “Na esfera federal, o impeachment afastará as condições para discutir-se aumentos ou criação de novos tributos antes que sejam apresentados resultados da nova equipe econômica. Pode haver alguma reação positiva se o ministério apresentado por Michel Temer se caracterizar por técnicos reconhecidos pelo mercado por uma atuação ortodoxa e consequente redução das despesas da máquina do governo”.

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