Mesmo com 30% do movimento, comércio ainda acredita no Dia das Mães
Fluxo de consumidores ainda é baixo no centro diante do temor do coronavírus, segundo lojistas
Com retomada de 20% a 30% do movimento em relação ao período antes do coronavírus, as lojas do comércio de Campo Grande que reabriram desde o início do mês ainda detectam poucas vendas e receio do consumidor em ir até a área central. Mesmo assim a os comerciantes avaliam que o retorno do varejo foi importante para reduzir as perdas do setor que já registrou volume expressivo de demissões principalmente no segmento de bares e restaurantes.
A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) avalia que a reabertura do comércio foi muito importante para reduzir os prejuízos do setor empresarial e o movimento das últimas semanas superou as expectativas iniciais dos empresários, conforme relatos de empreendedores associados.
“Era esperado que com a reabertura o movimento voltasse com 20 à 30% do faturamento seguindo o que ocorreu na última semana antes do fechamento por causa do Coronavírus, mas houve superação bem acima desse percentual em vários casos”, salientou o primeiro secretário da ACICG, Roberto Oshiro.
Ele afirma que empresas de material de construção, alimentação - logo na primeira semana de reabertura, tiveram maiores índices. "Vale lembrar que ainda temos empresas que estão fechadas, outras se adaptando e outras aguardando o término das férias concedidas aos funcionários", salientou.
Oshiro entende que aspectos gerais, o movimento de clientes está menor nas empresas, comparando com o período sem a pandemia, porém, há vários relatos de que o ticket médio de gasto pelo consumidor tem sido maior. Esse panorama inclui, também, os pedidos na modalidade no delivery, não só os casos de atendimentos presenciais.
Com relação ao Dia das Mães, tradicionalmente considerada a segunda data de maior importância para o varejo, a expectativa da ACICG é positiva e a entidade acredita que os consumidores farão um esforço ainda maior para presentear suas mães, esposas, avós e outras mulheres especiais que cumpram a figura materna.
O grau de importância econômica dessa data também motivou a articulação da ACICG em prol da abertura dos shoppings.
Segundo a entidade, o Dia das Mães não deve ser adiado, ou seja, deve ser comemorado no segundo domingo de maio conforme o calendário tradicional. A entidade tem trabalhado com o lema: “Não deixe para depois. Presenteie sua mãe no Dia das Mães, ela merece”, já que o comércio de Campo Grande está em funcionamento, com muitas empresas respeitando as normas de biosegurança e com sistema de delivery.
Dificuldades – Já o presidente da Câmara de Diretores Lojistas (CDL) Adelaido Villa destacou que o varejo retomou com dificuldades principalmente pela falta de transporte coletivo para que alguns consumidores voltassem a comprar na área central. “Com o movimento para que o consumidor Fique em Casa percebemos que as pessoas o consumidor tem acatado isso, evitado ir pra comércio consumir. Em contrapartida tudo aquilo que compraria de calçados e vestuário ele tem usado na alimentação e isso trará uma recessão preocupante”, salientou Vila que lembrou que a CDL deverá divulgar na sexta-feira um balanço atualizado sobre o varejo de Campo Grande.