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Economia

Ministério avalia antecipar campanha de vacinação contra a aftosa em MS

Marta Ferreira | 27/09/2011 14:32

Órgão divulgou hoje nota técnica sobre medidas para evitar entrada da doença, após descoberta de focos no Paraguai

O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou hoje nota técnica sobre as medidas que estão sendo adotadas para evitar a entrada no País do vírus da febre aftosa, após a decoberta de um foco da doença no Paraguai. A nota detalha o reforço na vigilância sanitária adotado na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e informa que está em análise a antecipação da campanha de vacinação contra a febre aftosa, prevista para novembro, como medida preventiva.

De acordo com o Ministério, essa análise está sendo feita junto com as autoridades veterinárias do Estado. A antecipação é defendida pelos produtores rurais. Caso a data seja alterada, também pode haver mudança na primeira etapa da campanha de 2012, que é feita em maio, por causa do intervalo de tempo.

Cerco à aftosa-O documento divulgado afirma que as ações para proteger o País da entrada da doença começaram no dia 19 de setembro, quando o Paraguai notificou à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal, sigla em inglês) um foco de febre aftosa em bovinos no seu território.

A primeira medida foi a proibição da entrada de animais suscetíveis à febre aftosa e de seus produtos em todo o país. Paralelamente, os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram orientados a reforçar as atividades de fiscalização e vigilâncias nas fronteiras internacionais para impedir a reintrodução do vírus e a detecção precoce de qualquer sinal clínico da doença.

Foram definidas ações como a declaração de alerta sanitário nos quatro estados. e a realização de inspeções técnicas às propriedades localizadas nos municípios de fronteira e classificados como de maior risco. Também foi emitido o alerta às Comissões Municipais de Saúde Animal. Além disso, foram adotadas medidas de controle e desinfecção de veículos nos postos implantados na divisa com o Paraguai, como em Mato Grosso do Sul que fechou o trafego por 5 dias.

Outra iniciativa de reforço para evitar qualquer ameaça de ingresso da febre aftosa no Brasil, de acordo com o Ministério da Agricultura, é a atuação em conjunto de profissionais dos serviços veterinários estaduais com os militares que participam da Operação Ágata 2, desde 16 de setembro.

A operação foi prorrogada a pedido do ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho e também auxilia nas medidas emergenciais de vigilância sanitária animal na região.

Conforme o Ministério, em Mato Grosso do Sul, estado com a maior extensão de fronteira seca com o Paraguai – 650 quilômetros – estão lotados cerca de dois mil militares, além da estrutura permanente instalada na área, considerada ZAV (Zona de Alta Vigilância .

Hoje, conforme o Mapa, 12 equipes da Iagro (Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), quatro grupos do exército e cinco equipes do DOF (Departamento de Operações da Fronteira) se deslocam pela área. Nos 14 postos fixos existentes na faixa de fronteira com o país vizinho a vigilância também foi intensificada.

Adicionalmente, o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, em conjunto com as autoridades veterinárias de Mato Grosso do Sul, está analisando a possibilidade de antecipar a campanha de vacinação contra a febre aftosa na região de fronteira para outubro. Pelo calendário oficial, a imunização só ocorreria a partir de novembro.

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