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Economia

MS é o 2° no Brasil com mais pedidos de demissões

Levantamento mostra que MS obteve percentual de 43,8%, ficando atrás de Santa Catarina, com 45,2%

Por Izabela Cavalcanti | 07/02/2024 11:53
Trabalhadora batendo ponto no serviço para registrar entrada, às 9h14 (Foto: Paulo Francis)
Trabalhadora batendo ponto no serviço para registrar entrada, às 9h14 (Foto: Paulo Francis)

Os pedidos de demissão contabilizaram 7,3 milhões no Brasil no ano passado. Diante disso, Mato Grosso do Sul é o segundo estado com trabalhadores que mais deixaram empregos com carteira assinada, representando 43,8%.

Conforme levantamento feito pelo LCA Consultores, o Estado só perde para Santa Catarina (45,2%), depois está o Paraná em 3° lugar (40,9%), Rondônia (38,6%). Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro ficaram abaixo da média nacional (34%).

Ao todo, o Brasil teve 21,5 milhões de desligamentos no ano passado, sendo que 7,3 milhões foram voluntários. Em 2022, foram 6,8 milhões de desligamentos a pedido (33,6%); em 2021, 5,6 milhões (33,4%); em 2020, 3,8 milhões (27%); 2019, 3,6 milhões (24%); e em 2018, 3,3 milhões (23%).

A pesquisa mostra ainda que pessoas com maior qualificação são as que mais pedem demissão, indicando que o grau de instrução pode ter peso importante na hora de ser contratado.

O economista da LCA e responsável pelo estudo, Bruno Imaizumi, disse que o indicador mostra o aquecimento do mercado de trabalho. “Provavelmente, boa parte das pessoas está se desligando por conta própria porque consegue se admitir em outros lugares, indicando uma oferta maior de vagas”, pontuou em entrevista ao Valor Econômico.

Escolaridade - A proporção de desligamentos a pedido se comparado ao ano passado atingiu 32,4% entre trabalhadores com Ensino Médio incompleto; 33,8% no grupo que completou os estudos; 41,8% com Superior Completo pediram demissão.

Dentre aqueles que têm mestrado, esse percentual chegou a 42%, no grupo com doutorado, 40,9%, e no que tem pós-graduação.

Os mais jovens foram os que mais pediram para sair do emprego. Dentre os jovens de 18 a 24 anos, o percentual é de 39,5%. Na faixa etária entre 25 e 29 anos, a proporção é de 36,5%; 33,1% entre 30 e 39 anos; entre 40 e 49 anos, 29,7%.

Algumas das atividades que apresentaram pedido maior que a média em 2023 foram: organismos internacionais, saúde humana e serviços sociais, educação, alojamento e alimentação, serviços domésticos, atividades financeiras, comércio e reparação de veículos, informação e comunicação.

Ocupação - No terceiro trimestre do ano passado, Mato Grosso do Sul registrou a segunda maior taxa de ocupação do Brasil, com 64,2% da população economicamente ativa empregada. Isso representa 1,4 milhão de pessoas ocupadas no Estado no mercado formal e informal.

Já o índice de desocupação para Mato Grosso do Sul coloca o estado na quarta colocação no cenário nacional, atrás apenas de Rondônia, Mato Grosso e Santa Catarina.

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