Na Marçal de Souza, 217 famílias aprendem a requerer tarifa social de energia
Representantes do grupo reforçam que muitos clientes têm direito ao benefício, mas ainda não fizeram a solicitação
Grupo da Energisa fez campanha sobre tarifa social na manhã deste sábado (15), na Aldeia Urbana Marçal de Souza, em Campo Grande, com objetivo de detalhar como é feita a solicitação do desconto voltado não apenas para os indígenas no Cadastro Único, mas beneficiários do bolsa-família e inscrito
A presidente do Concen-MS (Conselho dos Consumidores de Energia Elétrica da Área de Concessão da Energisa), Rosimeire Costa, reforça que, com o NIS (Número de Identificação Social) ou comprovação de inscrição no Bolsa Família já é possível procurar a agência da Energisa e solicitar a tarifa social. Também é necessário apresentar o número da Unidade Consumidora.
Beneficiários da Prestação Continuada da Assistência Social do INSS, famílias quilombolas e famílias com renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo também têm direito.
As solicitações podem ser realizadas na agência da Energisa ou pela central de atendimento por meio do telefone 0800 722 7272. Rosimeire explica que após serem aprovados, os descontos começam a valer na próxima fatura.
Segundo o cacique Josias Jordão Ramires, a aldeia urbana Marçal de Souza conta com 217 famílias, totalizando 800 pessoas em 157 casas. “A tarifa social é muito importante para nossa comunidade principalmente nesse período de crise. Esse decreto ajuda muito e a comunidade recebeu super bem a notícia”, diz.
O decreto a que o cacique se refere é o 12.212 de 2010 que trata sobre a tarifa social de energia. Conforme a lei, os descontos são concedidos aos primeiros 220 kWh consumidos mensalmente por clientes residenciais.
Conforme a faixa de consumo dos clientes o valor dos descontos sofre variação. Confira:
Consumo mensal até 30kWh - 65%
Consumo mensal de 31 kWh a 100 kWh - 40%
Consumo mensal de 101 kWh a 220 kWh - 10%
Consumo Superior a 220 kWh- 0%
Na prática, o desconto representa economia no orçamento doméstico, conforme explica a dona de casa Maildes Soarez Pereira, de 63 anos, casada com indígena e beneficiada pela tarifa social há 10 anos. “A pessoa às vezes não liga de fazer porque pensa que não faz diferença, mas se calcular certinho vai ver que faz muita diferença no fim do mês”. Ela recebe desconto mensal médio de R$ 50 por mês.