Na pré-pandemia, comércio de MS fechou 3,7 mil unidades e demitiu 2,1 mil
Dados divulgados pelo IBGE de 2014 a 2019 indicam efeito da crise econômica no período em MS
Em 5 anos, o comércio de Mato Grosso do Sul fechou 3,7 mil das lojas e demitiu 2.122 trabalhadores, reflexo da crise econômica do período, segundo análise divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A maior parte dos trabalhadores está concentrada no comércio varejista, 74,7% do total, segmento que perdeu 4,1% da população ocupada no período analisado, de 2014 a 2019.
Os dados fazem parte da PAC (Pesquisa Anual do Comércio), realizada desde 1996 e que retrata as características do comércio no País. Em 2019, dos 135.807 trabalhadores do comércio no estado, 101.464 estavam no varejo, 18.320, no atacado e 16.023, no comércio de veículos, peças e motocicletas. Do total do comércio, 74,7% no comércio varejista, 13,5% no comércio por atacado e 11,8% no comércio de veículos peças e motociclistas.
De acordo com os dados, o fechamento das empresas do comércio nesse período representa índice de 16,6%, saindo de 22.214 unidades em 2010 para 18.514 em 2019.
O setor de comércio por atacado obteve avanço em cinco anos de 10,7%, apresentando 18.320 pessoas ocupadas em 2019, mantendo-se como o segundo setor que mais emprega.
A gerente de Análise e Disseminação, Synthia Santana, explica que a perda no comércio nesse período de cinco anos está ligada ao contexto de crise econômica vivenciada pelo país.
“O setor de comércio, especialmente, o varejo, tem uma dependência forte do consumo interno do país. Durante o período de crise, percebemos em vários indicadores macroeconômicos, a ligação entre a queda no setor varejista e os indicadores de desemprego no país, a retração no consumo das famílias e o endividamento”, explica.
Em 2019, 18.996 lojas de MS registraram uma receita bruta de R$70 bilhões, com margem de comercialização de R$ 12,6 bilhões.