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Economia

Negociação de soja cai pela metade e exportação do agronegócio reduz 26%

Caroline Maldonado | 14/05/2015 08:30
Soja contabiliza queda de 51,47% nas exportações (Foto: Marcos Ermínio)
Soja contabiliza queda de 51,47% nas exportações (Foto: Marcos Ermínio)

De janeiro a abril deste ano, Mato Grosso do Sul deixou de exportar o equivalente a US$ 451 milhões, o que representa 26% a menos em relação ao mesmo período do ano passado. O valor referente as exportações caiu de US$ 1,6 bilhão para US$ 1,2 bilhão, segundo o Midic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

Com a diminuição da demanda da China, o principal comprador de soja do Estado, o complexo desse produto, que inclui grãos, farelo e óleo em bruto e refinado, contabiliza queda de 51,47% nas negociações com outros países. A receita passou de US$ 708 milhões, nos quatro primeiros meses de 2014 para US$ 343,6 milhões, no mesmo intervalo deste ano. Os números são reflexo da supersafra norte-americana, que atraiu o mercado chinês.

A exportação de carne bovina in natura teve queda de 34,9%, passando de US$ 218,1 milhões para US4 141,9 milhões. As negociações de frango diminuíram em 13%, de US$ 115,8 milhões para US$ 100,6 milhões e de carne suína caíram 43,7%, de US$ 11,7 milhões para US$ 6,5 milhões.

Conforme avaliam especialistas do setor em MS, a falta de animais prontos para o abate é o que continua impactando no saldo da exportação. A negociação de bovinos vivos no mercado externo caiu 70%, passando de US$ 48,9 mil para US$ 14,2 mil, nesses quatro meses. Atualmente, apenas 20% de toda a produção brasileira de carnes é exportada e os 80% restantes são consumidos pelo mercado interno, de acordo com a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

Falta de animais para abate impacta exportação de carne bovina in natura, com queda de 34,9% (Foto: Divulgação/Fiems)
Falta de animais para abate impacta exportação de carne bovina in natura, com queda de 34,9% (Foto: Divulgação/Fiems)

A exportação de produtos florestais, que abrange borracha e celulose também foi reduzida. O valor referente as negociações caiu de US$ 365,4 milhões para US$ 342,5 milhões, o que representa diferença de 6,27%.

A paralisação do porto de Santos, em função do incêndio que durou dez dias, foi uma das principais causas da retração na exportação, em especial para a soja, segundo o diretor de Promoção Internacional do Agronegócio da Secretaria de Relações Internacionais, Alberto Fonseca.

Saldo positivo – As negociações de milho e açúcar fazem o contrapeso na balança. O complexo sucroalcooleiro, que abrange açúcar de cana em bruto e refinado, além de açúcar de beterraba, registra alta de 42,54% nas exportações dos dois primeiros bimestres, em relação ao mesmo período do ano passado. O valor passou de US$ 92,3 milhões para US$ 131,6 milhões.

A exportação de milho subiu 38,19%, passando de US$ 50,1 milhões para US$ 69,2 milhões. Fibras e produtos têxteis também se destacam dentre os produtos com saldo positivo. O grupo, que inclui algodão, fios linhas e tecidos do produto registra alta de 154%, na exportação. O valor saltou de US$ 2,4 milhões para US$ 6,2 milhões.

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