Oferta sobe, consumo cai, mas preço da carne se mantém estável
A época é de boi gordo no pasto, de oferta maior que o consumo, que desde o início de fevereiro tende a entrar na “estabilidade” pós-festas de fim de ano. A tendência seria, portanto, que o preço da carne caísse. Mas os preços se mantêm estáveis desde a última alta, no final do ano passado. “Oscila um pouco, coisa de centavos para cima, mas logo baixa de novo”, comenta Flávio Bortoletto, gerente da Casa de Carnes Ponto da Carne.
Na avaliação de Flávio, as recentes altas nos preços dos combustíveis e da energia elétrica podem ter impacto também no preço da carne, mas esse reflexo deverá aparecer dentro mais um mês ou dois. “Nossa conta de luz, por exemplo, é de quase R$ 5 mil por mês. Estamos aí com um aumento de 27% e em abril virá ouro. Os frigoríficos sentem diretamente o aumento do díesel. Então, precisamos esperar o comportamento do mercado”, diz.
Já para o gerente de outra casa de carne, as especulações acerca de um aumento nos preços da carne podem indicar uma alta em futuro mais próximo. Sem querer se identificar, ele afiram que o proprietário do estabelecimento vem falando no assunto e acredita que pode haver reajuste dentro de algumas semanas.