Prefeito prevê "ano de crise" e afirma que cortes são necessários
Após anunciar medidas para diminuir os gastos, o prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP) admitiu hoje, que a gestão vai passar por uma crise econômica este ano. Desde o ano passado, a prefeitura encontra problemas para administrar suas finanças e tem cortado gastos para garantir o pagamento de contas.
De acordo com Olarte, a prefeitura deixou de arrecadar R$ 150 milhões com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) no primeiro bimestre e teve redução de 20% no repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
"Essa é uma realidade que todo mundo vai enfrentar, por que o dinheiro federal é menor. Vamos passar sim, por momentos de dificuldades financeiras. Que é nacional. Já temos uma comissão cuidando (dos reajustes do servidores) e vamos nos reunir com o poder judiciário, MPE e sindicatos. Por que precisamos juízo e firmeza neste momento", diz Olarte.
Sobre as obras, o prefeito disse que elas estão garantidas, devido aos empréstimos da Caixa. "Isso deve segurar um pouco a economia local e manter dinheiro circulando na cidade. Temos que tomar medidas de austeridade, que não vamos deixar de adotar", comenta.
Para demonstrar que a crise é nacional, Olarte disse que o Ministério da Agricultura estuda cortar 30% nos investimentos previstos pela pasta, avaliados em R$ 300 milhões. "Temos que ter responsabilidade do que corre no país para não sermos cúmplices de ações equivocadas", diz.