ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
MARÇO, DOMINGO  09    CAMPO GRANDE 30º

Economia

Procon notifica 27 escolas particulares sobre mensalidades

Foram fiscalizados nesta semana 34 estabelecimentos de ensino particular pelos órgãos de defesa do consumidor

Rosana Siqueira | 08/05/2020 17:25
Procon notifica 27 escolas particulares sobre mensalidades
Pais devem buscar escolas e negociar pagamentos de mensalidades (Arquivo)

O Procon de Campo Grande notificou esta semana 27 escolas particulares de Campo Grande determinando que os estabelecimentos forneçam documentos e informações sobre descontos aos pais de alunos. A medida faz parte de ação conjunta da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, Ministério Público de Mato Grosso do Sul e Procon municipal. Por meio de Notificação Conjunta foram fiscalizados 34 estabelecimentos de ensino de 170 previstos.

A ação ocorreu após a não aceitação do SINEPE (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul) do acordo coletivo proposto de redução de mensalidades. Diante da negativa o defensor público Homero Medeiros explicou que as escolas foram notificadas individualmente e têm prazo de até 72 horas para os estabelecimentos darem uma explicação sobre a redução das mensalidades diante da pandemia do coronavírus. Caso isso não ocorra as entidades de defesa do consumidor poderão entrar com ação judicial para pedir a diminuição nos valores. Mas o bom senso é o que deve prevalecer, alega o defensor.

“Muitas escolas de Campo Grande foram notificadas até a quarta-feira. Mas isso deverá se estender a escolas do interior", frisou Medeiros.

Ele frisa ainda que ações vão continuar na próxima semana e devem abranger também as universidades particulares. "As tratativas buscam abranger todas as escolas. Primeiro serão as escolas particulares e de educação infantil e fundamental, mas isso se estenderá também  as universidades particulares", salientou.

O objetivo da ação dos órgãos de defesa do consumidor é conseguir dados sobre planilha de custos de cada estabelecimento. “Isso vai envolver receitas e despesas. Pedimos para que a escola informe qual política de descontos é adotada", afirmou.

Busca do equilíbrio - Apesar da medida, o defensor lembra que acima de tudo a meta é encontrar o equilíbrio contratual. "Analisamos o contrato de prestação de serviços, que  é feito de modo presencial. Por isso, quando modifica isso para não presencial há quebra de bases do contrato. É um processo diferente. Por isso trabalhamos com situação de modificação. Existe a possibilidade de  economia da escola em razão da redução de custos com água, energia e segurança. Mas ao mesmo tempo poderá acontecer de algumas escolas investirem mais em tecnologia para possibilitar o ensino à distancia. Por isso precisamos achar ponto de equilíbrio entre o serviço presencial e não presencial,  considerando as receitas e despesas das escolas".

O defensor destacou a importância de se buscar o bom sendo na pandemia. "Precisamos brigar pelo desconto, mas também precisamos do espírito social, por isso quero deixar que é preciso também uma solidariedade da população", finalizou.

Nos siga no Google Notícias