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Economia

Mães reclamam que desconto não favorece quem tem mais de 1 filho

Fica de fora quem já tem algum tipo de benefício, como bolsa ou desconto por manter 2 crianças na escola

Rosana Siqueira | 05/05/2020 15:04
Sala de aula vazia, depois das férias antecipadas.
Sala de aula vazia, depois das férias antecipadas.

Apesar de algumas escolas particulares de Campo Grande informarem que estão dando descontos no valor das mensalidades por conta da pandemia, muitos pais reclamam que ficaram de fora da redução porque já têm algum tipo de benefício, como bolsas de estudo ou valor especial por terem mais de um filho na mesma escola.

De acordo com a mãe de duas crianças, que não quis se identificar, a escola onde os filhos estudam mandou a tabela de descontos. Mas já avisou que não são cumulativos. “O desconto que eu tive foi de fazer a matricula antecipada e por eles serem irmãos que é 10%. Isso já é visto como descontos. Eu antecipei os pagamentos e tive desconto e por isso a escola considera que já deu a redução”, conta.

Segundo ela, a escola enviou comunicado sobre a redução geral de 10%,  mas a mãe não acha justo que perca o novo desconto só porque foi beneficiada anteriormente por pagar antecipado. "Eles já consideram isso descontos. Mas isso foi por que eu antecipei. Agora, se eu quiser outro desconto vou ter de ir lá 'chorar'", reclama

Uma outra mãe diz que na escola da filha, ela ganhou uma bolsa de 30% no preço da mensalidade. Agora a escola vai reduzir em 20% o custo durante a pandemia, porém ele não é cumulativo em detrimento a outras deduções que o aluno já possa ter. “Com isso não terei redução no carnê, porque já temos desconto de 30% no custo por causa da bolsa”, afirmou.

Sem regras - De acordo com informações dos órgãos de defesa do consumidor, com relação ao desconto em si, não existe uma regra definida sobre o desconto acumulado e qual é este percentual. O que se prevê é uma ponderação entre o serviço que foi contratado (aula presencial) com o atual (aula remota) e eventual economia da escola.

A recomendação para os pais é que aguardem pelo menos, até o fim desta semana, para ver como ficará a situação.

O embate entre os pais de alunos e escolas particulares para reduzir o custo das mensalidades escolares na Capital deverá se arrastar por mais um tempo. Ou pelo menos até o final de semana quando termina o prazo de notificação dado pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, Ministério Público de Mato Grosso do Sul e Procon Campo Grande para que as escolas apresentem suas planilhas de custos e justificativas para não aceitarem o acordo de redução.

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