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Economia

Produtores de cana e pecuaristas migram para soja e área cresce 30%

Caroline Maldonado | 18/01/2015 08:11
Colheita começa nas próximas semanas (Foto: Arquivo Marcos Ermínio)
Colheita começa nas próximas semanas (Foto: Arquivo Marcos Ermínio)

Muitos produtores de cana e pecuaristas estão migrando para a soja e a área destinada a cultura cresceu 30% nos últimos cinco anos em Mato Grosso do Sul. Na safra 2014/2015, a produção já alcançou 2,3 milhões de hectares e a expectativa é de 6,8 milhões de toneladas até o fim do ciclo, segundo a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja).

A tecnologia também influencia no desenvolvimento da oleaginosa, de acordo com o técnico da Aprosoja, Leonardo Carlotto. “Pesquisas desenvolvidas na última década confirmam as vantagens da utilização de novas técnicas no campo e é cada vez maior o número de produtores que optam pela agricultura de precisão, desde a semeadura, com a escolha da semente, até a colheita com novas técnicas de manejo”, explica.

Os agricultores, que chegaram a suspender o plantio por determinado tempo em função da estiagem, iniciam a colheita nas próximas semanas. As boas condições de dezembro normalizaram as condições e o clima tem favorecido a baixa incidência de doenças e pragas, segundo o técnico.

Tecnologias - Dentre as tecnologias se destaca o SPD (Sistema de Plantio Direto), técnica utilizada por 95% dos produtores de grãos no Estado. Os produtores plantam diretamente sobre as palhas e restos de culturas deixadas na superfície do solo, sem arar a terra, o que aumenta a retenção de água e reduz a degradação do solo.

Plantar variedades transgênicas da semente é outra escolha que facilita o cultivo e tem aumentado a produção. “A semente modificada apresenta maior resistência aos defensivos agrícolas utilizados para combater pragas. Sendo assim é possível manter a saúde da planta enquanto é realizado o manejo”, detalha Leonardo.

O monitoramento da lavoura também ganhou facilitadores importantes nos últimos anos. O Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), também conhecido como drone percorre em apenas 30 minutos a lavoura e detecta falhas ou pragas. O diagnóstico é feito a partir de fotos de alta resolução em equipamento instalado no veículo controlado remotamente.

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