MS tem 5 casos de ferrugem asiática e doença preocupa produtores de soja
A Fundação Chapadão identificou o quinto foco da ferrugem asiática na safra 2014/2015, da lavoura de soja de MS, esse é o primeiro em Chapadão do Sul - distante 321 quilômetros de Campo Grande e um dos maiores produtores do Estado. Uma amostra da folhagem da soja foi enviada pela fazenda ao laboratório da entidade, que confirmou o foco da doença. Outros quatro já foram registrados na safra atual, dois em Dourados e dois em Maracaju, conforme o Consórcio Antiferrugem, uma parceria entre órgãos públicos e privados para combater a ferrugem asiática.
Das pragas e doenças que atingem o cultivo de soja, a ferrugem asiática é a que mais preocupa os produtores, pois afeta a produtividade da lavoura. Se não for controlada, a doença pode comprometer até 90% da produção, segundo o diretor da Fundação Chapadão Edson Borges. A entidade recomenda aos produtores da oleaginosa com produção em estado R1, ou seja, em início florescimento, que façam a aplicação do fungicida de combate a ferrugem asiática.
“A soja que nao floresceu ainda, os produtores devem acompanhar para ver se tem ferrugem naquela área. Caso os produtores tenham dúvidas podem procurar a fundação, pois os pesquisadores estão a disposição para dar informações”, afirma Edson, que também é pesquisador.
Embora alerte os produtores para ficarem atentos a doença, o diretor da fundação esclarece que o desenvolvimento da doença e a época em que ela incide nesta safra demonstram que o comportamento da praga se assemelha ao ocorrido no ciclo anterior. “Isso está dentro do normal, do programado, porque a doença se desenvolve de maneira semelhante a da safra 2013/2014”.
A propriedade em que foi constatada a ferrugem asiática na última semana já vinha fazendo a aplicação do fungicida específico. O pesquisador acredita que a doença surgiu justamente em decorrência de falha na aplicação, mas a incidência é considerada baixa e por isso sob controle.
Outros casos - O primeiro caso de ferrugem asiática na safra 2014/2015 de Mato Grosso do Sul, se deu em setembro de 2014, em uma planta encontrada no perímetro urbano de Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande. A confirmação do foco na planta que ainda não havia florescido foi feita pelo Laboratório de Microbiologia Agrícola e Fitopatologia da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
No dia 18 de dezembro, mais um foco da doença foi registrado em Dourados e confirmado também pela UFGD. O ferrugem se deu em uma produção que estava na fase reprodutiva, com a maioria das vagens entre 75% e 100% de granação, o que os especialistas chamam de R5.
Há quase duas semanas, dois focos da ferrugem asiática foram encontrados em propriedades de Maracajú, a 160 quilômetros de Campo Grande. Ambos foram identificados por laboratório da Fundação MS. No dia 23 de dezembro, foram confirmados focos em uma amostra da planta em estágio R5 e outra na fase R4, aquela em que a maioria das vagens estão entre 50% e 75% de granação.