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Economia

Produtores de MS terão R$ 4,4 bi em recursos para investir na safra 2016

Liana Feitosa | 01/07/2015 12:02
Para superintendente estadual do Banco do Brasil, Evaldo Emiliano de Souza, situação econômica do Estado é extremamente favorável. (Foto: Marcos Ermínio)
Para superintendente estadual do Banco do Brasil, Evaldo Emiliano de Souza, situação econômica do Estado é extremamente favorável. (Foto: Marcos Ermínio)

Não existe crise em Mato Grosso do Sul. Pelo menos não no setor agropecuário, que vai receber um incremento de 26% em recursos para a safra 2015/2016 em relação aos investimentos da safra anterior.

De acordo com o superintendente estadual do BB (Banco do Brasil), Evaldo Emiliano de Souza, isso significa R$ 1 bilhão a mais em recursos para produtores rurais do Estado investirem na próxima safra. Mas, ao todo, o BB disponibiliza a partir de hoje (1), R$ 4,4 bilhões para a safra 2015/2016. O banco detém 60% da participação no mercado de crédito rural.

O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (1), no Banco do Brasil, em Campo Grande.

"A situação é extremamente favorável para o Estado. Em função do solo, das riquezas naturais, dos recursos hídricos que temos, as ações desenvolvidas em prol do Estado dão resultado, o que gera esse cenário favorável para investimentos aqui", classifica Emiliano.

Crise? - Por isso, o superintendente acredita que a crise não se instalou em Mato Grosso do Sul, ao comparar os resultados locais com outros estados do país. Para ele, o atual momento econômico oferece novas chances. "É na crise que estão as oportunidades", completa.

"A economia vai voltar a girar de uma forma bastante positiva à medida que esses recursos vão sendo utilizados para o preparo da terra, para o custeio e para a colheita. Tudo o que envolve a comercialização dessa produção vai gerar benefícios com a criação de trabalho e renda", detalha Emiliano.

O anúncio de R$ 4,4 bilhões em recursos disponibilizados pelo BB foi feito na manhã desta quarta-feira (1). (Foto: Marcos Ermínio)
O anúncio de R$ 4,4 bilhões em recursos disponibilizados pelo BB foi feito na manhã desta quarta-feira (1). (Foto: Marcos Ermínio)

Os itens que contribuem para o saldo positivo de investimentos na região são os grãos e o a pecuária. Sendo assim, para que esses setores continuem expandindo, produtores da agricultura familiar à agricultura empresarial, passando pelos médios produtores, serão beneficiados com o crédito do banco, segundo o superintendente.

Pequenos produtores - Exemplo disso é que, na safra 2014/2015, foram destinados R$ 255 milhões para a agricultura familiar. Já nesta safra, os recursos foram ampliados para R$ 282 milhões, o que representa 10% do total do crédito disponibilizado pelo BB.

Os médios produtores tiveram acesso a R$ 576 milhões na safra anterior, mas, agora, têm à disposição R$ 712 milhões, o que representa 23,6% do crédito total. Já os recursos repassados à agricultura empresarial subirão de R$ 2,6 bilhões na safra passada, para R$ 3,4 bilhões nesta safra, um montante de 28,3%.

Juros - As taxas de juros para custeio agropecuário vão de 2,5% ao ano até 8,75% ao ano. O menor índice é garantido pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e, o maior, corresponde ao praticado na agricultura empresarial.

Para Emiliano, era inevitável haver aumento nas taxas, já que eles foram atualizados de acordo com o reajuste da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.

"Os juros foram atualizados acompanhando o movimento da taxa Selic. Esses juros estão escalonados de acordo com o porte do produtor, se for pequeno, médio ou grande produtor rural. Ou seja, os juros foram repactuados em função da situação da taxa Selic e o momento atual da economia", finaliza.

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