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Economia

Preço do leite pago ao produtor de MS tem alta de 4,2% devido a entressafra

Renata Volpe Haddad | 17/06/2015 13:44
Preço do litro subiu em maio e projeção para junho também é de alta. (Foto: Marcelo Calazans)
Preço do litro subiu em maio e projeção para junho também é de alta. (Foto: Marcelo Calazans)

O preço do litro do leite pago aos produtores de Mato Grosso do Sul registrou alta de 4,2% em maio, na comparação com abril e chegou ao valor de R$ 0,8109, de acordo com o Conseleite/MS (Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite). Isso deve-se ao período de restrição na oferta de matéria prima.

Se comparado a maio de 2014, o preço teve uma retração de 1,9%. Analisando os valores médios líquidos pagos aos produtores, registrados pelo CEPEA/ESALQ (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Mato Grosso do Sul apresentou R$ 0,7986/litro e a média nacional R$ 0,9334/litro.

Para junho, a projeção é do preço do litro chegar a R$ 0,8339, com tendência de crescimento. As projeções deste mês mantém tendência de alta, ou de estabilidade como é o caso do leite consumidor.

Preços - O leite cru (spot) valorizou 6,1%. Os queijos foram cotados aos preços de R$ 15,65/kg para muçarela, o prato R$ 15,15/kg, o provolone R$ 15,60/kg e o queijo minas R$ 14,48/kg. A alta nos preços do atacado é reflexo do período de restrição na oferta da matéria prima.

Varejo - No varejo, a valorização ocorreu no requeijão cremoso de 200gr, 9,3%, cotado a R$ 5,52. Para o leite longa vida integral 2,2%, preço médio de R$ 2,80/litro e no longa vida desnatado, ligeira valorização de 0,8% cotado a R$ 2,65/litro. Em relação a abril, em maio a retração ocorreu no leite pasteurizado, comercializado em média por R$ 1,49/litro e o requeijão sofreu perda de 3,2% no seu preço. A maior valorização foi no item leite consumidor, de 8,3%, provavelmente impulsionado pelo preço do leite UHT.

Captação - As indústrias de laticínios instaladas no Mato Grosso do Sul, cadastradas no SIF (Sistema de Inspeção Federal) captaram, no período de janeiro a abril, volume superior a 102 milhões de litros de leite. Esse número foi inferior aos volumes dos mesmos períodos de 2013 e de 2014. Em relação ao ano de 2013 representou queda de 9,34% e em relação ao mesmo período de 2014, que registrou volume de 118 milhões de litros, a retração foi ainda maior, 12,92%.

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