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Economia

Protocolo oficializa procedimentos para vacinação contra aftosa em Corumbá

Fabiano Arruda | 25/05/2012 17:09
Da esquerda para direita: Francisco Macthua (representante dos indígenas kadiwéu); Maria Cristina Carrijo (diretora-presidente da Iagro); Alexandre Rampazzo (coordenador regional substituto da Funai em Campo Grande) durante assinatura de protocolo de intenções. (Foto: Divulgação)
Da esquerda para direita: Francisco Macthua (representante dos indígenas kadiwéu); Maria Cristina Carrijo (diretora-presidente da Iagro); Alexandre Rampazzo (coordenador regional substituto da Funai em Campo Grande) durante assinatura de protocolo de intenções. (Foto: Divulgação)

Protocolo de intenções assinado, ontem, pela Funai/MS (Fundação Nacional do Índio) e Iagro (Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul), com supervisão do MPF/MS (Ministério Público Federal), regulamenta e oficializa os procedimentos a serem adotados para a vacinação do rebanho contra a aftosa na região ocupada por índios kadiwéu em Corumbá.

O documento teve a anuência de representantes dos indígenas que estão na terra em litígio, segundo informações da Funai.

O coordenador Regional do órgão em Campo Grande, Edson Fagundes, revelou que o protocolo está sendo preparado desde a semana passada.

“Mais uma vez reafirmamos o compromisso da Funai e da comunidade kadiwéu: a situação de retomada da terra por indígenas não vai atrapalhar a vacinação contra a febre aftosa. Os indígenas sabem da importância dessa vacinação e corroboram com o protocolo de intenções”, finaliza Fagundes.

O protocolo deixa claro que a vacinação será de responsabilidade do produtor e seus trabalhadores. O fazendeiro pode retirar o gado da área de conflito e apascentá-lo em outro local com a fiscalização da Iagro.

O documento também assegura que a entrada do produtor e sua equipe na área invadida ocorre juntamente com vacinadores da agência e policiais federais.

Durante a vacinação os índios serão retirados da área para "não trazer desarmonia no manejo" do gado e, em caso de fazendas que não possuem rebanho, os indígenas permanecerão.

O acompanhamento da vacinação será monitorado por uma comissão a ser formada por Ministério Público, Funai e PF, esclarece o protocolo.

O fazendeiro pode retirar seus pertences da propriedade, a seu critério, o que deve ser registrado pela comissão e que a saída da área tenha acompanhamento de fiscais da Iagro e proteção policial.

Prorrogação - Na área em litígio entre índios kadiwéus e fazendeiros no Pantanal, a vacinação contra a febre aftosa foi prorrogada até 30 de junho. O calendário inicial previa o término em 15 de junho.

Na área em disputa, que totaliza 160 mil hectares, o rebanho é de 20 mil cabeças.

No restante da reserva indígena - que ao todo, incluindo a área em litígio, tem 538 mil hectares – a vacinação já é feita por técnicos da Iagro, a chamada Agulha Oficial.

Nas fazendas invadidas, o serviço ficava por conta dos funcionários, mas eles foram expulsos. Além disso, os fazendeiros relatam dificuldade para juntar o gado, pois o Pantanal é caracterizado pela pecuária extensiva, com os animais espalhados por uma grande área.

No Pantanal, na fronteira com a Bolívia, a vacinação contra a febre aftosa é realizada uma vez por ano. No Estado, a maior preocupação é com a fronteira com o Paraguai.

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