Reforma tributária terá critério para tornar indústria competitiva, diz ministra
Texto foi aprovado no dia 7 de julho, na Câmara dos Deputados, e agora vai para análise do Senado
Durante o MS Day, que acontece em São Paulo, nesta terça-feira (1°), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a reforma tributária será feita com muito critério para que a indústria brasileira volte a ter competitividade.
Na visão da ministra, agora, o desafio é outro, sendo o momento de o Senado investigar e detalhar as exceções.
“Isso vai ser feito com muito critério, porque a determinação do presidente Lula e da equipe econômica é de que a alíquota única vai mostrar a neutralidade da carga tributária. Vai ter uma redistribuição dessa carga para que a indústria, que é hoje a que mais paga impostos proporcionalmente aos outros setores do Brasil, diminua, tenha uma carga tributária menor para se tornar novamente competitiva com as indústrias estrangeiras”, destacou em coletiva durante o evento.
Simone avalia ainda que se não houver a redistribuição da alíquota, os impactos serão grandes. “Se não for assim, nós continuaremos só importando os produtos mais básicos que a população consome e com isso, gerando desemprego. Nós queremos que a indústria brasileira se torne tão competitiva quanto as indústrias asiáticas, e a partir daí termos a geração de emprego, renda e diminuição da desigualdade social”, completou.
Em relação à integração do planejamento com a economia, Simone diz que está sendo a melhor possível e que o resultado está no preço do dólar e na Bolsa de Valores.
“Se o Ministério do Planejamento e Orçamento não tiver sintonia com o Ministério da Fazenda, as coisas não andam. Importante entender que ele é o chefe da equipe econômica, e nós temos que tocar essa banda de forma harmônica e isso está acontecendo. E o resultado está nos números, bolsa subindo, dólar caindo, câmbio brasileiro valorizado, está começando a ter deflação em alguns setores”, comentou.
Outro assunto abordado foi o PIB, que já tem crescimento três vezes acima do projetado no início do ano. A princípio era 0,07% e agora já passou para 2,4%.
“Isso significa receita, investimento, isso significa que a economia está girando. Isso significa emprego, renda, diminuição da desigualdade social”, finalizou.
MS Day - As potencialidades de Mato Grosso do Sul ganham vitrine nesta terça-feira, na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em São Paulo. Batizado de “MS Day”, o evento encurta a distância de quase mil km entre Campo Grande e a capital paulista, que se projeta no cenário nacional do setor de negócios.
A vitrine das potencialidades do Estado terá uma ambientação especial na sede da CNI, com um andar inteiro dedicado para que o governo e Fiems exponham áreas temáticas e atendam a convidados e público presente.
Sobre a reforma tributária – No dia 7 de julho, a Câmara dos Deputados aprovou a reforma tributária. Esse é um avanço histórico, tendo em vista que as discussões se arrastam desde a década de 1960. Agora, o texto segue para o Senado.
Caso aprovada em definitivo no Congresso, simplificará e unificará os tributos sobre o consumo. Serão extintos cinco tributos: PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados); ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e o ISS (Imposto sobre Serviços).
Com isso, os tributos se tornarão o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que será chamado de IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). O Campo Grande News já publicou uma matéria explicativa sobre o impacto da reforma tributária ao consumidor. Clique aqui para conferir.
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