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Educação e Tecnologia

A 1 mês do retorno, nada foi definido sobre aula presencial na rede municipal

Secretaria diz que retorno presencial ou manutenção do sistema online somente será definido no fim de janeiro

Silvia Frias | 06/01/2021 11:09
Escolas passaram por desinfecção durante o período da pandemia (Foto/Divulgação)
Escolas passaram por desinfecção durante o período da pandemia (Foto/Divulgação)

A pouco mais de 30 dias do início das aulas na rede municipal de Campo Grande, o cenário ainda é de expectativa e incertezas. A Semed (Secretaria Municipal de Educação) não descarta a volta do ensino presencial, no dia 8 de fevereiro, o que somente ocorreria se fosse possível em todas as unidades.

A secretaria somente terá definição no fim de janeiro, antes do retorno dos professores, no dia 1º de fevereiro, data do início do período da jornada pedagógica. Os 108.839 alunos estão em aula domiciliar desde 18 de março, por conta da pandemia da covid-19. A doença já infectou 62.624 e matou 1.125 na cidade.

Dispenser de álcool é instalado no Emei Clothilde Chaia (Foto/Divulgação)
Dispenser de álcool é instalado no Emei Clothilde Chaia (Foto/Divulgação)

“Não tem como garantir se vai ser presencial, vai depender da OMS [Organização Mundial da Saúde]”, explicou a titular da Semed, Elza Fernandes. Até agora, em Campo Grande, apenas as escolas particulares voltaram ao sistema presencial, depois da adoção de medidas de biossegurança.

A rede conta com 98 escolas e 104 Emeis (Escola de Educação Infantil) e, de acordo com a secretária, caso haja retorno presencial, será realizado em todas as escolas. O período de matrícula ainda está em aberto, com a convocação em segunda chamada. Até o ano passado, a Reme tinha 108.839 alunos, com atuação de 7.441 profissionais da educação e 5.174 servidores administrativos.

Elza explicou que, mesmo sem definição, as escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) vão elaborar os respectivos planos, por conta das particularidades, como número de alunos, salas de aula e os outros espaços físicos coletivos.

Independentemente dos planos de cada unidade, no período da pandemia, de acordo com informações da secretaria, as escolas passaram por higienização regular e receberam instalação de dispenser de álcool em gel e de sabão em diversos pontos.

Também estão sendo comprados EPIs (Equipamentos de Proteção Individuais), como face shields, máscaras de proteção, álcool em gel e produtos de limpeza específicos.

Na porta da sala de aula, reservatório de álcool (Foto/Divulgação)
Na porta da sala de aula, reservatório de álcool (Foto/Divulgação)

Evasão – Elza Fernandes disse que a Semed ainda não tem dados do número de alunos que abandonaram as escolas durante o período pandêmico, o que somente deve ser totalizado daqui 15 dias, quando as secretarias das escolas vão enviar os relatórios.

A secretária disse que a maior dificuldade foi o acesso dos alunos à internet, mas garante que não no município. “Penso que não foi só na rede municipal, mas nas escolas estaduais e particulares”, disse. Elza Fernandes explicou que outras ferramentas foram viabilizadas para que o conteúdo chegasse ao estudante, seja por entrega de material impresso ou aulas ministradas pela televisão.

Segundo Elza, os alunos também receberam apoio psicológico por meio do projeto Valorização da Vida, criado em 2018. No ano passado, foram 1.571 atendimentos em 2020, abaixo dos 11,5 mil registrados em 2019. Novamente, o sistema online teria prejudicado este contato, sendo reduzido no período.

Também não há qualquer resposta na Rede Estadual de Ensino sobre a forma como será o retorno nas escolas públicas estaduais, que recomeçam em fevereiro. Em novembro do ano passado, a Secretária Estadual informou que tem a intenção de retomar as aulas de forma presencial, mas a decisão também só devem ser anunciadas na segunda quinzena de janeiro.

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