Com cobertura ainda desigual, 5G será ampliado gradualmente na Capital

Campo Grande e outras seis capitais terão acesso ao 5G na próxima segunda-feira, mas a conexão não estará disponível para todos, ao menos inicialmente. Além disso, parte da população ainda relata ter dificuldade no acesso das redes já existentes na cidade, como a 4G ou 3G.

Nos comentários do Campo Grande News, leitores como o Leonardo Kovalick, por exemplo, afirmam que moram em regiões na cidade que já possuem a cobertura. Isso porque a Capital já se prepara para receber a tecnologia desde 2020, conforme lei complementar nº 447, de 13 de abril deste ano.

Desde meados de julho de 2022, o sinal já aparece em dispositivos móveis habilitados, sobretudo na região central da cidade, por conta de testes feitos pela prefeitura. “O meu já está pegando aqui onde eu moro, é parte da área central”, comentou o leitor Claudinei Braz de Lima.

Conforme a plataforma Nperf, que se baseia em usuários do aplicativo, o sinal aparece em pequenas partes dos bairros Cruzeiro, Santa Fé, Carandá, Chácara Cachoeira, Centro, Itanhangá, Amambai, Jardim dos Estados e Planalto.

Além disso, trecho da Avenida Eduardo Elias Zahran, nos bairros São Bento e Monte Líbano, além de uma pequena parte da Rua Ana Luíza de Souza, nas proximidades da Avenida Gury Marques, também possuem sinal. Uma mancha mais fraca indica que uma parte do Núcleo Industrial também possui incidência da cobertura.

A decisão de que a Capital receberia totalmente o acesso foi anunciada nesta terça-feira (14) pelo Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência). A rede terá faixa de 3.625 a 3.700 MHz.

As redes da 4ª geração, utilizadas atualmente em algumas regiões do Brasil, são capazes de entregar uma velocidade média de conexão de, aproximadamente, 33 Mbps. Como será distribuída em faixas de frequência maiores, a expectativa do governo federal é de que a velocidade aumente de 50 a 100 vezes.

As operadoras Claro, Tim e Vivo deverão ter no mínimo 11 estações de 5G ativadas em Campo Grande. Segundo o governo, 15 capitais já estão conectadas.

Um dos fatores mais importantes, no entanto, é o tipo de dispositivo que o usuário utiliza, já que nem todos estão aptos com o 5G. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgou a lista de aparelhos aptos à nova tecnologia:

Falta de acesso - No entanto, as leitoras Eleanor Cristina e Evelyn Lima, por exemplo, são algumas das que reclamam nos comentários do Campo Grande News que falta o acesso à internet de qualidade. “Aqui onde moro não pega nem 2G", reclamou Silvana Ventura.

A tecnologia móvel é dividida nas diferentes gerações, ao longo das décadas. A comunicação analógica é o 1G, enquanto o 2G é a comunicação digital via SMS. O 3G são os dados móveis, que vieram a partir da década de 2000, já o 4G, ou Banda Larga, proporciona atividades como o streaming, por exemplo.

Conforme a plataforma Nperf, quanto mais nos limites do perímetro urbano, menor é a cobertura. Além das regiões centrais, que já têm 5G, a 4G+ aparece em boa parte do território urbano, enquanto as periferias como o Maria Aparecida Pedrossian, Rita Vieira, Universitário, Moreninha, Centro Oeste, Los Angeles ou Coophavilla II, por exemplo, têm menor incidência.

Alguns locais, inclusive, se limitam ao acesso do 3G, como parte do Nova Lima ou Jardim Anache, além da Chácara dos Poderes. Em alguns pontos específicos, não há presença de sinal, mesmo dentro da cidade, em regiões com maior presença natural, especialmente.

O início da implantação das redes de quinta geração está previsto para este ano, mas expectativa é que o pleno funcionamento ocorra por volta de 2025. As antenas da rede 5G serão acopladas às antenas já existentes, que serão adaptadas para funcionar em paralelo com a nova infraestrutura de conexões.

Como toda tecnologia nova, os receptores do sinal 5G serão lançados com preços pouco acessíveis e, com o passar do tempo, ficarão mais baratos. Espera-se que os primeiros dispositivos que usarão de forma plena as redes 5G serão os smarthphones.

Parabólica digital – Por fim, casas com antena parabólica precisam trocar para a parabólica digital em até 90 dias. As instalações serão feitas pela empresa Siga Antenado. Famílias inscritas em programas sociais do governo federal e que usam antenas no modelo antigo para sintonizar canais de televisão, receberão kit e instalação gratuitamente.

Em Campo Grande, previsão é que 5,8 mil pessoas sejam beneficiadas. Para saber se tem direito ou não ao kit gratuito, e também agendar a troca, podem ligar no número 0800-729-2404 ou acessar o endereço eletrônico www.sigaantenado.com.br e inserir o CPF ou NIS.