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Educação e Tecnologia

Em um ano, MS terá unidade de pesquisa para testagem de vacinas e medicamentos

Plataforma de pesquisa clínica será instalada em área da Fiocruz, na Capital, com recurso de R$ 14,8 milhões

Silvia Frias e Gabriela Couto | 20/06/2022 16:11
Lançamento de plataforma contou com palestra do infectologista Julio Croda (Foto: Paulo Francis)
Lançamento de plataforma contou com palestra do infectologista Julio Croda (Foto: Paulo Francis)

Em 2023, Mato Grosso do Sul deve contar com plataforma de pesquisa clínica, uma espécie de centro onde serão realizados estudos da eficácia de vacinas e outras medicações. A unidade será construída pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), ao lado do Lacen (Laboratório Central), na Capital.

A plataforma terá área de 3 mil metros quadrados, com prazo de construção e execução de 12 meses. Hoje, o convênio tripartite, entre Fiocruz, governo de MS e Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado)   foi assinado no auditório Bioparque.

Infectologista Julio Croda falou sobre pesquisas desenvolvidas pela Fiocruz (Foto: Paulo Francis)
Infectologista Julio Croda falou sobre pesquisas desenvolvidas pela Fiocruz (Foto: Paulo Francis)

Para construção da plataforma, serão investidos recursos de R$ 14,8 milhões, via Fiocruz. A Fundect deve entrar com projetos de pesquisa.

O governador do Estado, Reinaldo Azambuja, esteve presente e comentou que investir em ciência, tecnologia e inovação é investir no futuro da população.

O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz, explicou que a pesquisa clínica é a última fase da cadeia científica que começa com o desenvolvimento de vacina ou medicamento, passa pela testagem em animais e chega até o estudo em seres humanos, onde é avaliada segurança e eficácia do produto.

Croda também citou que a plataforma também possibilitará captar pesquisas com entidades e recursos internacionais, ampliando conhecimento e conexão entre profissionais da ciência.

Convênio tripartite foi assinado no auditório do Bioparque, com presente do goverandor, secretários e represante da Fiocruz (Foto: Paulo Francis)
Convênio tripartite foi assinado no auditório do Bioparque, com presente do goverandor, secretários e represante da Fiocruz (Foto: Paulo Francis)

Meia dose – No mesmo evento, a Fiocruz realizou o lançamento do ensaio clínico Fract-cov, desenvolvido em parceira com a Sabin VAccine Institut e será desenvolvido no País.

O estudo, que conta com verba de R$ 9 milhões, irá testar a eficácia e os efeitos adversos da aplicação da meia dose de vacinas contra covid, como Pfizer, AstraZeneca e Janssen. Júlio Croda explicou que este fracionamento pode ajudar populações que ainda não tiveram acesso amplo à vacinação.

Este estudo será realizado com população em geral, com idade de 18 a 50 anos e que já tenha tomado a primeira e segunda dose do imunizante.

Segundo o infectologista, tendo resultado positivo, com a garantia de imunização, a OMS (Organização Mundial de Saúde0 pode recomendar que seja aplicada a meia dose da vacina. Este projeto deve ser iniciado em prazo de seis meses a um ano. O lançamento deste convênio teve a presença da vice-presidente da Sabin, Denise Garrett.

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