Em um ano, MS terá unidade de pesquisa para testagem de vacinas e medicamentos
Plataforma de pesquisa clínica será instalada em área da Fiocruz, na Capital, com recurso de R$ 14,8 milhões
Em 2023, Mato Grosso do Sul deve contar com plataforma de pesquisa clínica, uma espécie de centro onde serão realizados estudos da eficácia de vacinas e outras medicações. A unidade será construída pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), ao lado do Lacen (Laboratório Central), na Capital.
A plataforma terá área de 3 mil metros quadrados, com prazo de construção e execução de 12 meses. Hoje, o convênio tripartite, entre Fiocruz, governo de MS e Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado) foi assinado no auditório Bioparque.
Para construção da plataforma, serão investidos recursos de R$ 14,8 milhões, via Fiocruz. A Fundect deve entrar com projetos de pesquisa.
O governador do Estado, Reinaldo Azambuja, esteve presente e comentou que investir em ciência, tecnologia e inovação é investir no futuro da população.
O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz, explicou que a pesquisa clínica é a última fase da cadeia científica que começa com o desenvolvimento de vacina ou medicamento, passa pela testagem em animais e chega até o estudo em seres humanos, onde é avaliada segurança e eficácia do produto.
Croda também citou que a plataforma também possibilitará captar pesquisas com entidades e recursos internacionais, ampliando conhecimento e conexão entre profissionais da ciência.
Meia dose – No mesmo evento, a Fiocruz realizou o lançamento do ensaio clínico Fract-cov, desenvolvido em parceira com a Sabin VAccine Institut e será desenvolvido no País.
O estudo, que conta com verba de R$ 9 milhões, irá testar a eficácia e os efeitos adversos da aplicação da meia dose de vacinas contra covid, como Pfizer, AstraZeneca e Janssen. Júlio Croda explicou que este fracionamento pode ajudar populações que ainda não tiveram acesso amplo à vacinação.
Este estudo será realizado com população em geral, com idade de 18 a 50 anos e que já tenha tomado a primeira e segunda dose do imunizante.
Segundo o infectologista, tendo resultado positivo, com a garantia de imunização, a OMS (Organização Mundial de Saúde0 pode recomendar que seja aplicada a meia dose da vacina. Este projeto deve ser iniciado em prazo de seis meses a um ano. O lançamento deste convênio teve a presença da vice-presidente da Sabin, Denise Garrett.