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Educação e Tecnologia

Estudo sobre fóssil encontrado em Corumbá detalha estrutura anatômica do animal

Artigo publicado na revista iScience descreve mais precisamente o animal invertebrado encontrado em Corumbá

Gabriel de Matos | 16/01/2023 15:49
Corumbella werneri é em homenagem à cidade de Corumbá (Foto: Divulgação)
Corumbella werneri é em homenagem à cidade de Corumbá (Foto: Divulgação)

A revista iScience, dos Estados Unidos, publicou no final de 2022 um estudo que detalha a anatomia de um fóssil de animal invertebrado encontrado em Mato Grosso do Sul. Corumbella foi achado pela primeira vez no ano de 2017 e desde então se desenvolvem estudos sobre o animal. Ele é ser vivo articulado mais antigo identificado até o momento.

De acordo com as informações do estudo desenvolvido por diversos autores do Brasil, Escócia e Alemanha, Corumbella viveu há cerca de 540 milhões de anos. O animal invertebrado habitou oceanos quando os continentes ainda formavam a Pangeia (uma enorme massa de terra continental banhada por um único oceano).

Com base em fóssil do animal, ele vivia no tempo Ediacarano, período geológico que organismos de muitas células se tornaram comuns. A reconstrução feita pela equipe do estudo indica que a criatura tinha um formato tubular.

Ilustração da Corumbella, organismo que viveu há mais de 540 milhões de anos (Foto: Júlia Soares d'Oliveira/Divulgação)
Ilustração da Corumbella, organismo que viveu há mais de 540 milhões de anos (Foto: Júlia Soares d'Oliveira/Divulgação)

"Os escleritos são placas e anéis calcários independentes regularmente organizados, geralmente imbricados e empilhados em pelo menos duas camadas", informa o artigo. Além disso, o animal teria um esqueleto catafractário, como uma armadura contra predadores. Esse nome referencia os cavalheiros do Império Persa e Romano a partir do século 5 depois de Cristo.

A 'armadura' da Corumbella, segundo o estudo, provavelmente era formada por placas e anéis do mineral aragonita, um tipo de cálcio. Uma possibilidade é que o animal se alimentava por filtração, assim como os poríferos, via água salgada do mar.

O estudo completo em inglês divulgado pela revista iScience pode ser conferido no link. Os autores são Gabriel Ladeira Osé, Rachel Wood, Guilherme Raffaeli Romero, Gustavo Marcondes Evangelista Martins Prado, Pidassa Bidola, Julia Herzen, Franz Pfeiffer, Sérgio Nascimento Stampar e Mírian Liza Alves Forancelli Pacheco.

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