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Educação e Tecnologia

Fetems pede rapidez do Estado para achar culpado em vazar prova dos professores

Federação alerta que demora pode prejudicar ano letivo na Rede Estadual de Educação

Por Natália Olliver | 19/12/2023 12:59
Alunos em escola estadual de Campo Grande (Foto: Campo Grande News/ Arquivo)
Alunos em escola estadual de Campo Grande (Foto: Campo Grande News/ Arquivo)

Após vazamento da prova de professores temporários da Rede Estadual de Ensino, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) pede rapidez na investigação feita pela SAD (Secretaria Estadual de Administração). De acordo com a entidade, a demora pode atrasar o início do ano letivo na rede e prejudicar não apenas os docentes como também os alunos.

O exame aconteceu neste domingo (17), mas teve o conteúdo divulgado antes do término da prova. As questões foram escaneadas e enviadas em grupos de WhatsApp. O presidente da Federação, Jaime Teixeira, disse ao Campo Grande News que é contrário à anulação da prova e ressaltou que o Estado tem que descobrir rapidamente e criminalizar o responsável.

“Notificamos ao governo e queremos a apuração de todos, para que o governo deixe claro a lisura do processo e desvende se alguém teve acesso e tem alguma ligação criminosa com isso. Se cancelar essa prova vai atrasar o ano letivo. A maioria, posso dizer que 99%, não participou de falcatrua nenhuma. Se provar que houve uma vantagem aí é uma outra questão. Para nós seria muito pior cancelar.”

A SAD se limitou a dizer apenas que a pasta está investigando o caso. ”Cobramos urgência da contratante e contratada. Eu acredito que o governo tem meios para chegar nessa pessoa. Porque é um maior prejuízo para os candidatos e sociedade, cabe ao governo cobrar isso o mais rápido possível”, completou Jaime.

A Federação também publicou uma nota onde repudia a segurança do exame e o vazamento das questões. “A Fetems exige que a empresa contratada e o Estado contratante apresentem, de forma concreta, todas as garantias de que o certame não foi maculado por esse vazamento precoce do conteúdo das provas aplicadas”.

Sobre o possível atraso no início do ano letivo, a SED (Secretaria Estadual de Educação) alegou que não vai se pronunciar por hora. A reportagem cobrou uma atualização sobre o caso da Secretaria de Administração do Estado. Em nota a pasta informou que a banca examinadora do certame (Instituto Avalia), responsável pela aplicação das provas, registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil.

"A Secretaria de Administração oficiou junto à Delegacia Geral da Polícia Civil que as investigações e providências relativas à elucidação dos fatos fossem feitas com a maior celeridade".

Outro lado - O Instituto Avalia disse que a prova do processo seletivo para cadastro reserva de docentes temporários da SED foi digitalizada fora da sala de aula e não "vazada" por organizadores, conforme denúncias de participantes.

Candidatos que participaram do concurso relataram que o documento foi distribuído nas redes sociais, antes mesmo do fim da avaliação e apesar da proibição de sair da sala portando o caderno de questões.

Por meio de nota, o Instituto afirmou que a prova foi levada por um candidato sem autorização. “Usou de destreza para sair com a avaliação", garante a organização.

Ainda foi relembrado que o edital informava aos participantes que a saída com o documento era proibida, ressaltando que todos teriam sido avisados sobre a proibição antes do início da aplicação da prova.

*Matéria atualizada às 16h para acréscimo de nota retorno da SAD.

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