Fetems pede rapidez do Estado para achar culpado em vazar prova dos professores
Federação alerta que demora pode prejudicar ano letivo na Rede Estadual de Educação
Após vazamento da prova de professores temporários da Rede Estadual de Ensino, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) pede rapidez na investigação feita pela SAD (Secretaria Estadual de Administração). De acordo com a entidade, a demora pode atrasar o início do ano letivo na rede e prejudicar não apenas os docentes como também os alunos.
O exame aconteceu neste domingo (17), mas teve o conteúdo divulgado antes do término da prova. As questões foram escaneadas e enviadas em grupos de WhatsApp. O presidente da Federação, Jaime Teixeira, disse ao Campo Grande News que é contrário à anulação da prova e ressaltou que o Estado tem que descobrir rapidamente e criminalizar o responsável.
“Notificamos ao governo e queremos a apuração de todos, para que o governo deixe claro a lisura do processo e desvende se alguém teve acesso e tem alguma ligação criminosa com isso. Se cancelar essa prova vai atrasar o ano letivo. A maioria, posso dizer que 99%, não participou de falcatrua nenhuma. Se provar que houve uma vantagem aí é uma outra questão. Para nós seria muito pior cancelar.”
A SAD se limitou a dizer apenas que a pasta está investigando o caso. ”Cobramos urgência da contratante e contratada. Eu acredito que o governo tem meios para chegar nessa pessoa. Porque é um maior prejuízo para os candidatos e sociedade, cabe ao governo cobrar isso o mais rápido possível”, completou Jaime.
A Federação também publicou uma nota onde repudia a segurança do exame e o vazamento das questões. “A Fetems exige que a empresa contratada e o Estado contratante apresentem, de forma concreta, todas as garantias de que o certame não foi maculado por esse vazamento precoce do conteúdo das provas aplicadas”.
Sobre o possível atraso no início do ano letivo, a SED (Secretaria Estadual de Educação) alegou que não vai se pronunciar por hora. A reportagem cobrou uma atualização sobre o caso da Secretaria de Administração do Estado. Em nota a pasta informou que a banca examinadora do certame (Instituto Avalia), responsável pela aplicação das provas, registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil.
"A Secretaria de Administração oficiou junto à Delegacia Geral da Polícia Civil que as investigações e providências relativas à elucidação dos fatos fossem feitas com a maior celeridade".
Outro lado - O Instituto Avalia disse que a prova do processo seletivo para cadastro reserva de docentes temporários da SED foi digitalizada fora da sala de aula e não "vazada" por organizadores, conforme denúncias de participantes.
Candidatos que participaram do concurso relataram que o documento foi distribuído nas redes sociais, antes mesmo do fim da avaliação e apesar da proibição de sair da sala portando o caderno de questões.
Por meio de nota, o Instituto afirmou que a prova foi levada por um candidato sem autorização. “Usou de destreza para sair com a avaliação", garante a organização.
Ainda foi relembrado que o edital informava aos participantes que a saída com o documento era proibida, ressaltando que todos teriam sido avisados sobre a proibição antes do início da aplicação da prova.
*Matéria atualizada às 16h para acréscimo de nota retorno da SAD.
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