Pesquisadores de MS usarão supercomputador para avançar em pesquisas
Atualmente, cinco projetos estão em desenvolvimento na UFGD com uso do supercomputador Santos Dumond
Pesquisadores da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), de Dourados, a 233 km da Capital, terão a oportunidade de utilizar o poderoso supercomputador Santos Dumont, do LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica), para executar suas pesquisas científicas.
Na UFGD, o professor Giovani Manzeppi Faccin, que leciona nos cursos de graduação e mestrado em Facet (Física da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologias), foi nomeado como embaixador institucional.
Giovani destaca que o objetivo principal do macroprojeto embaixador é proporcionar aos professores um ponto de partida para usar o supercomputador. “O objetivo do macroprojeto embaixador é fornecer aos professores um meio de acesso inicial ao supercomputador. Assim, cada instituição poderá formar uma comunidade local de usuários, que poderão se ajudar mutuamente, tirar dúvidas etc.”, explica.
De acordo com o professor, a primeira ação na UFGD foi lançar um chamado aos pesquisadores, convidando-os a expressar seu interesse em usar o supercomputador. Em seguida, ocorreu uma reunião com os interessados para organizar equipes de trabalho em subprojetos. “Essa etapa inicial de fazer uma chamada entre os pesquisadores na UFGD está finalizada”, comenta Giovani.
De acordo com Giovani, o acesso ao supercomputador não é automático e requer justificativas claras de como ele será utilizado em projetos de pesquisa e ensino. “O acesso não é liberado para todo mundo, sem critério. É preciso justificar esse acesso através do que a pessoa pretende fazer lá”, afirma.
Projetos em andamento - Na UFGD, atualmente, cinco subprojetos estão em desenvolvimento, envolvendo pelo menos 10 professores de diferentes áreas do conhecimento, abrangendo ciências biológicas, saúde, computação e engenharias.
A expectativa é que estudantes de graduação sejam envolvidos ativamente nos projetos, com o propósito de compartilhar o conhecimento sobre a utilização de supercomputadores entre as novas gerações de pesquisadores em formação.
Giovani acredita que esta é uma oportunidade valiosa para os professores aprenderem a trabalhar com o supercomputador, adquirindo experiência que lhes permitirá, no futuro, criar seus próprios projetos no LNCC sem a necessidade de tutoria.
“Isso abrirá novas vagas no projeto embaixador e ali colocaremos novos interessados. Com o tempo, essa ferramenta poderá passar a fazer parte da rotina de ensino, pesquisa e extensão da universidade”, explica o professor da UFGD.
Convênio - O convênio, assinado em junho, foi feito entre a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino) e o LNCC. A parceria foi projetada para incentivar pesquisadores das universidades federais a explorar as capacidades do supercomputador, desenvolvendo modelos computacionais que beneficiem suas áreas de pesquisa.
Como parte desse programa, cada universidade tem direito a um projeto embaixador, liderado por um docente que atuará como referência e orientador para outros pesquisadores interessados.
Supercomputador - O supercomputador Santos Dumont, batizado em homenagem ao pioneiro da aviação brasileira, é o maior da América Latina dedicado à pesquisa científica. Atualmente, ele está entre os 500 supercomputadores mais poderosos do mundo e está localizado no LNCC, em Petrópolis/RJ.
Desde sua instalação em 2015, ele tem desempenhado um papel fundamental no avanço da pesquisa científica no Brasil, impulsionando projetos em diversas áreas do conhecimento.
Em 2019, o Santos Dumont passou por uma expansão significativa, aumentando sua capacidade em cinco vezes para atender às crescentes demandas da comunidade científica e fortalecer a pesquisa e desenvolvimento no Brasil.
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