Adriane Lopes explica onde foi parar todo o dinheiro da prefeitura
Confira a entrevista na íntegra feita pela diretora de jornalismo Ângela Kempfer.
A prefeita Adriane Lopes (PP) foi a última candidata a reeleição de Campo Grande a participar da série de entrevistas ao Campo Grande News. Ela compartilhou detalhes sobre sua gestão à frente da capital sul-mato-grossense, abordando desde a falta de medicamentos nos postos de saúde até os desafios enfrentados na administração municipal.
Com dois anos de mandato, Adriane comentou as dificuldades herdadas e os avanços que conseguiu alcançar, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos campo-grandenses.
Adriane começou a conversa respondendo às críticas sobre a falta de medicamentos nas unidades de saúde, ressaltando que os recursos estão sendo investidos na cidade, mas que a demanda por serviços públicos cresce constantemente.
"Campo Grande está passando pela dor do crescimento. Estamos investindo em saúde, educação e infraestrutura, mas é um desafio contínuo, especialmente quando assumimos a prefeitura com a situação financeira complicada", afirmou.
A prefeita destacou que, ao assumir o cargo, encontrou a prefeitura "com o nome sujo", comparando a situação a um cidadão com restrições de crédito. Ela explicou que a prioridade foi reorganizar as finanças, o que envolveu reduzir gastos com pessoal e custeio para aumentar a capacidade de investimento.
"Em dois anos, conseguimos baixar o limite prudencial de 59,16% para 54%, algo que, normalmente, levaria uma década."
Adriane fez questão de comparar a realidade de Campo Grande com outras capitais, mostrando que, proporcionalmente, a cidade possui um número elevado de crianças matriculadas na rede pública e mais unidades de saúde do que outras capitais.
"Investimos 70% do recurso do Fundeb na folha de pagamento da educação e 30% na infraestrutura das escolas, incluindo a implementação de energia solar para reduzir custos e reinvestir na própria educação."
Ela também mencionou as reformas em 33 unidades de saúde e 205 escolas, destacando que não se tratou de simples reparos, mas de melhorias substanciais para garantir a segurança e o bem-estar da população.
Questionada sobre os desafios de governar, Adriane falou sobre o impacto das manifestações, como a paralisação do transporte público, e a necessidade de lidar com a pressão por resultados rápidos. Ela reconheceu que ainda há muito a ser feito, mas ressaltou as conquistas em áreas como a habitação, com a entrega de unidades habitacionais no Cabreúva e a criação da Vila do Idoso.
"Ainda temos muitos desafios, como a revitalização da área central e a melhoria dos parques e praças. Estamos iluminando e equipando 70 desses espaços e temos um projeto de reforma de mais 40, mas dois anos é pouco tempo para realizar tudo o que Campo Grande precisa", disse.
Adriane também falou sobre os planos para revitalizar o centro da cidade, incluindo a implementação de um corredor gastronômico na Rua 14 de Julho e a proposta de incentivos fiscais para comerciantes e empreendedores da região.
"Revitalizar o Centro é uma prioridade. Estamos trabalhando em conjunto com a iniciativa privada e com diversos segmentos da sociedade para trazer vida de volta ao centro histórico de Campo Grande."
A prefeita concluiu a entrevista com uma visão otimista sobre o futuro da cidade, enfatizando que, apesar das dificuldades, Campo Grande está no caminho certo para se tornar uma cidade moderna e acolhedora para todos os seus habitantes.
"Estamos transformando desafios em oportunidades e construindo uma Campo Grande melhor para as futuras gerações", finalizou Adriane Lopes.
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