Com votação nesta semana, você concorda com a privatização dos Correios?
Projeto que pode ser votado nesta semana permitiria privatização dessa estatal
Enquete desta terça-feira (3), pergunta aos leitores se concordam com uma possível venda da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), mais conhecida apenas pelo nome "Correios", que presta serviço de entrega de correspondência e produtos em todo o Brasil, à iniciativa privada.
Segundo a revista Exame, o PL (Projeto de Lei) 591/2021 pode ser votado ainda nesta semana pela Câmara dos Deputados.
De relatoria do deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA), o projeto não trata diretamente da privatização da estatal, mas autoriza que serviços postais possam ser explorados pela iniciativa privada, mesmo os que são prestados pela ECT.
Segundo a proposta, a União, que hoje é dona de 100% da empresa de entrega de correspondências, manteria para si apenas uma parte dos serviços, definida no PL como “serviço postal universal”, que se resume a entrega de encomendas simples, cartas e telegramas. Isso porque a Constituição Federal determina que a União tenha serviço postal e correio aéreo nacional.
O PL enfrenta resistência da oposição, incluindo o MDB, mas está bem encaminhado para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que é aliado de Bolsonaro.
Por ora, ainda deverá passar por pelo menos seis comissões da Câmara. Se aprovado em todas, irá tramitar no Senado Federal.
No pronunciamento, o ministro disse que os Correios são um "orgulho do Brasil" e que é preciso fortalecer a estatal para garantir a universalização dos serviços postais.
"Com a privatização, os Correios vão conseguir crescer, competir, gerar mais empregos, desenvolver novas tecnologias, ganhar mais eficiência, agilidade e pontualidade. Somente assim, os Correios poderão manter a universalização dos serviços postais, que significa estar presente em todos recantos do país", disse.
Faria também disse que, no passado, a empresa foi alvo de corrupção e que a estatal registrou lucro de R$ 1,5 bilhão em 2020.
"Mesmo com muito trabalho e seriedade, o faturamento se mostra insuficiente frente ao que precisa ser investido todos os anos. São necessários R$ 2,5 bilhões por ano em investimentos para que os Correios permaneçam competitivos e possam disputar o mercado com as outras empresas de entrega, de logística, que já operam aqui no Brasil", afirmou.
Em abril deste ano, os Correios foram incluídos no Programa Nacional de Desestatização (PND).
O tema está em debate na Câmara dos Deputados, por meio do Projeto de Lei (PL) 591/21, que trata da exploração dos serviços postais pela iniciativa privada. A urgência da tramitação do projeto já foi aprovada pela Casa.