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Esportes

Campo Grande é sede da final da 1° Copa Centro-Oeste de Futebol 7 Paralímpico

Viviane Oliveira e Luciana Brazil | 28/04/2013 11:25
Hoje dois times disputam a final. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Hoje dois times disputam a final. (Foto: Vanderlei Aparecido)

A final da 1° Copa Centro-Oeste de Futebol 7 Paralímpico, para paralisados cerebrais, acontece hoje na praça esportiva Elias Gadia, no bairro Taveirópolis, em Campo Grande. Seis times participam do campeonato, quatro de Mato Grosso do Sul e dois de Brasília. Estão na final dois times do estado, Caira e ADD. No total, 90 atletas participam da Copa.

De acordo com o Coordenador do futebol da Ande (Associação Nacional de Desporto para Deficientes), Hélio dos Santos, neste ano a CEF (Caixa Econômica Federal) concedeu patrocínio de R$ 800 mil para o futebol paralímpico. "Por isso foi possível realizar o evento". 

Hélio lembra ainda que as pessoas confudem e acham que paralisados cerebrais não são capazes, porém o comprometimento deles é apenas na parte neuromuscular. "A limitação é muscular. Inclusive, Mato Grosso do Sul é um importante polo do esporte. Vários atletas do Estado fazem parte da seleção brasileira".

O jogo de 7 PC (paralisia cerebral) tem apenas sete atletas, seis jogam na linha e um no gol.

A paralisia cerebral é classificada entre o grau 1 e 8. Só participam da competição os atletas classificados a partir do grau cinco, já que quanto maior o grau, menor o comprometimento cerebral. "Os que são classificados com grau quatro, ou três são de cadeira de roda e não podem participar".

Uma regra determina que pelo menos um integrante da classificação 5 ou 6 esteja em campo durante o tempo da partida, e no máximo dois do grau 8.

Os jogos tiveram início na sexta-feira. Porém, na quinta-feira, foi realizada a classificação médica, para avaliar em que grau estão os atletas.

Edson Javali é um dos integrantes do time da ADD, que está na final. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Edson Javali é um dos integrantes do time da ADD, que está na final. (Foto: Vanderlei Aparecido)

Cada equipe conta com seis jogadores de linha e mais o goleiro, ao invés dos tradicionais 11. Não há impedimento, a partida tem dois tempos de 30 minutos cada, e o arremesso lateral, normalmente feito com duas mãos no futebol, também pode ser feito com uma só.

De acordo com o atleta Edson Javali, de 34 anos, que participa de competição há 9 anos, as pessoas que não conhecem a modalidade e assistem os jogos ficam surpresas com o desempenho dos jogadores. “Eu nunca pensei que poderia deixar de fazer alguma coisa por causa da paralisia, sei que sou capaz”, disse.

Antônio Carlos Barbosa, de 48 anos, treinador do time ADD, disse que há 10 anos foi convidado por um amigo para fazer parte do projeto. “A diferença entre jogadores de um time nornal, é força de vontade deles que é bem maior. Eles se dedicam mesmo", afirma.

“Quando cheguei percebi que era um jogo diferente. Eles são fantásticos”, disse José Bezerra Sobrinho, de 64 anos, que foi a praça acompanhado do neto de 4 anos, João Lucas.

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