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Esportes

CBF segue na defesa após segunda prisão de Francisco Cezário

Confederação disse que não houve qualquer contato do presidente afastado com diretores ou funcionários

Por Gustavo Bonotto e Anahi Zurutuza | 28/08/2024 22:38
Francisco Cezário entrando em viatura do Gaeco, estacionada em frente à sua casa. (Foto: Henrique Kawaminami)
Francisco Cezário entrando em viatura do Gaeco, estacionada em frente à sua casa. (Foto: Henrique Kawaminami)

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) voltou a negar, em nota enviada à imprensa, que o presidente afastado da Federação Estadual de Futebol teria visitado o prédio da instituição, no Rio de Janeiro (RJ), depois de ser alvo da Operação Cartão Vermelho. Mais cedo, Francisco Cezário de Oliveira teve a prisão decretada por descumprir ordem judicial ao, supostamente, influenciar nas decisões do esporte local.

No texto, a CBF nega a hipótese levantada pelo Ministério Público Estadual, que levou à segunda prisão do presidente afastado da Federação. "É inverídica a informação de que Francisco Cezário tenha visitado ou mantido contato, por intermédio de quaisquer dos seus diretores, funcionários ou colaboradores, de qualquer natureza, com o dirigente, desde a deflagração da operação policial".

A entidade, no entanto, repetiu o restante do comunicado com trechos da nota enviada após a Operação Cartão Vermelho ser deflagrada. "A entidade, invariavelmente, respeita as decisões judiciais e as autoridades públicas constituídas de investigação e persecução penal. Informa, ainda, que, no dia 27 de maio do presente ano, foi comunicada da decisão proferida pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul, que afastou Cezário do comando da FFMS, provocando-a a indicar o Presidente interino da filiada".

O Gaeco deflagrou, no dia 21 de maio deste ano, a Operação “Cartão Vermelho” em investigação do Ministério Público Estadual sobre o desvio de R$ 6 milhões na Federação, que ocorreu entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023. Enquanto presidente, Cezário, tinha participação em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com recursos oriundos da CBF.

Contudo, a promotoria destaca que, de casa, o dirigente afastado segue influindo no futebol do Estado. Nos dias 5 de junho e 6 de agosto, antes da realização de assembleia geral da Federação, Giovani Jolando Marques (dirigente do Operário Atlético Clube) e Ari Silas Portugal (diretor de futebol do Esporte Clube Comercial) estiveram na casa de Cezário, na Vila Taveirópolis, em Campo Grande.

Em 6 de agosto, Giovani e Ari participaram da assembleia geral da FFMS. Neste mesmo dia, Cezário estava em casa e recebeu as visitas de Giovani, Ari, Luiz Bosco da Silva Delgado (presidente do Corumbaense Futebol Clube) e  Júlio Brant. Brant é consultor de futebol e conselheiro do Vasco da Gama. Ele veio a Mato Grosso do Sul no dia 19 de julho, onde participou de reunião na Governadoria com dirigentes de clubes.

Na assembleia de 6 de agosto foi convidado por Estevão Petrallas, presidente interino da FFMS nomeado pela CBF, para assumir posto na Federação de futebol. Apesar de ser citado na decisão como executivo de futebol da FFMS, a reportagem apurou que Brant não aceitou o convite.

Conforme noticiado pelo Campo Grande News, o cartola foi ao Rio de Janeiro acompanhado por aquele que defendia como seu substituto, João Garcia, vice-presidente da entidade e que também esteve à frente do Aquidauanense por 15 anos.

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