Com atraso e indefinição, começa assembleia que pode "demitir" Cezário
Presidente afastado da FFMS pode perder o cargo após 28 anos
A assembleia geral extraordinária que pode demitir o presidente da FFMS (Federações de Futebol de Mato Grsso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, de 78 anos, começou com atraso. A reunião estava marcada para às 14h e iniciou 40 minutos depois.
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A assembleia geral extraordinária da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) foi convocada para deliberar sobre a destituição do presidente Francisco Cezário de Oliveira, acusado de gestão irregular, após uma operação que revelou um desvio de R$ 6 milhões na federação. O evento, que ocorreu em Campo Grande, foi marcado por incertezas e a ausência do presidente, que foi representado por um advogado. A reunião, que teve início com atraso, visava também agendar novas eleições caso Cezário fosse destituído. O clima era tenso, e a imprensa não teve acesso às deliberações.
O objetivo é fazer julgamento administrativo dos “supostos atos de gestão irregular e temerária” praticados pelo presidente afastado.
O evento a portas fechadas ocorre na CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), localizada na Rua Antônio Corrêa, 417, Jardim Monte Líbano, em Campo Grande. A convocação foi feita pelo presidente interino Estevão Petrallás.
De acordo com o edital, Cezário terá direito a 30 minutos para apresentar sua defesa. Caso os associados deliberem pela destituição do presidente afastado, será votada a convocação e agendamento de eleições para preencher cargos vagos na FFMS. O presidente não compareceu. Quem o representa é o advogado Júlio Cesar Marques.
O presidente Gilmar Ribeiro, da Portuguesa, foi categórico quanto ao objetivo da reunião. "Estamos aqui para deliberar sobre a destituição do Cezário e convocar novas eleições".
O presidente do Costa Rica, André Baird destacou que o clima era incerto sobre a assembleia. "Não dá para saber pelo que conversamos".
A imprensa não pôde acompanhar as apresentações e a votação. A expectativa é que a decisão saia em cerca de três horas. O presidente da mesa é Estêvão Petrallas. Quem conduziu a primeira apresentação sobre as supostas ações temerárias foi o atual representante jurídico da FFMS, Rafael Meirelles.
Antes de começar, Marcelo Miranda, secretário da Setesc, e o vereador eleito por Campo Grande, Herculano Borges, estiveram presentes.
Cartão Vermelho – Em 21 de maio, a operação Cartão Vermelho, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), apurou desvio de R$ 6 milhões na FFMS, que recebe recursos do governo estadual e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Na ocasião, Cezário foi preso.
Segundo o Ministério Público, a ofensiva desbaratou organização criminosa voltada à prática de peculato e delitos correlatos na federação que comanda o futebol no Estado. Foram 20 meses de investigação.
“Uma das formas de desvio era a realização de frequentes saques em espécie de contas bancárias da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul – FFMS, em valores não superiores a R$ 5 mil, para não alertarem os órgãos de controle, que depois eram divididos entre os integrantes do esquema”, informa a nota da promotoria.
Nessa modalidade, verificou-se que os integrantes da organização criminosa realizaram mais de 1.200 saques, que ultrapassaram o total de R$ 3 milhões.
Prisões – Cezário foi preso em 21 de maio e obteve liberdade em 6 de junho, após ser hospitalizado. A prisão do dirigente afastado voltou a ser decretada em 27 de agosto. Porém, conseguiu nova decisão favorável e deixou a cadeia em 14 de setembro.
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