Corinthians joga mal, perde para o Atlético-GO e se complica na Copa do Brasil
O Corinthians não aprendeu com os seus vacilos do último domingo. Na noite desta quarta, o time enfrentou mais uma vez o Atlético-GO, desta vez no jogo de ida da 3.ª fase da Copa do Brasil, e cometeu os mesmos erros da partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Dominado, pouco expressivo no ataque e cheio de falhas em seu sistema defensivo, a equipe do técnico Sylvinho perdeu de novo para o time de Goiânia, desta vez por 2 a 0, novamente em casa, na Neo Química Arena.
Para avançar às oitavas de final da Copa do Brasil, o Corinthians terá de vencer o Atlético-GO na quarta-feira da semana que vem, em Goiânia, por três gols de diferença, ou por dois gols de vantagem e ainda se sair melhor nas disputas de pênaltis. Os goianos podem perder por até um gol.
Em sua apresentação, em uma de suas falas o técnico Sylvinho afirmou que gostava de atuar com linhas de quatro jogadores e afirmou que conhecia bem a função. O treinador terá muito trabalho para corrigir essas mesmas linhas defensivas, porque foi justamente nas costas do lateral-esquerdo Luca Piton que o Atlético-GO venceu as duas partidas.
Nesta quarta-feira, o começo do jogo foi similar ao da partida disputada entre os times no último domingo. O Corinthians buscava aproximação da área da equipe goiana, que se fechava muito bem e saía com muita velocidade em seus contra-ataques.
Mais uma vez, o time de Sylvinho foi presa fácil para o esquema montado por Eduardo Barroca. Se no domingo, no jogo válido pelo Brasileirão, o time explorou o setor esquerdo da defesa corintiana (e chegou ao gol da vitória com Zé Roberto), ontem, com apenas seis minutos, a mesma jogada foi construída, mas Zé Roberto mandou por cima.
Mas a defesa do Corinthians não entendeu e com nove minutos do primeiro tempo, o Atlético-GO abriu o placar. João Paulo acionou Dudu no setor direito, nas costas de Lucas Piton, e cruzou para Ronald só escorar e estufar as redes de Cássio.
O Corinthians passou dez minutos tentando criar jogadas sem sucesso, até que aos 19, em rápido contra-ataque, de novo pelo lado direito, o time de Goiânia chegou ao segundo gol. Raul Gustavo tentou chutar da intermediária, mas foi bloqueado. Ronald arrancou do campo de defesa e na entrada da área cruzou na medida para João Paulo tocar na saída de Cássio e marcar o segundo.
Com pouca criatividade e quase sem nenhum lance de perigo agudo, o Corinthians deu pouco trabalho ao goleiro adversário no primeiro tempo. Na única boa chance, aos 40, Ramiro cruzou para Araos cabecear para o chão, mas Fernando Miguel conseguiu espalmar.
No final da primeira etapa, Zé Roberto entrou duro em Fagner e levou amarelo. Na jogada seguinte, foi a vez do lateral-direito do Corinthians pegar feio o atacante do Atlético-GO - ele também recebeu o cartão de advertência.
Sylvinho voltou sem mudanças do intervalo e o panorama do jogo pouco mudou. Até os 15 minutos, o time tentou empurrar os goianos para dentro da própria área, mas não criou nenhuma chance real de gol. Para piorar, aos 17, o Atlético-GO partiu em mais um contra-ataque em velocidade e Fagner fez uma falta no meio-campo para ‘matar’ a jogada. Como já tinha amarelo, acabou recebendo o cartão vermelho, em uma expulsão justa.
Sylvinho tentou mexer no time, mandou a campo Gabriel e Bruno Méndez para recompor o sistema defensivo e apostou em Léo Natel para tentar diminuir o prejuízo. Mas quem chegou com muito perigo foi o Atlético-GO.
Depois de trocar passes por pelo menos quatro minutos, Pablo Dyego tabelou com Arnaldo na entrada da área e sozinho chutou forte para excelente defesa de Cássio, que espalmou. Na cobrança de escanteio, mais uma falha defensiva. Dudu cruzou na área e Lucão, sozinho, cabeceou no travessão do goleiro corintiano.
O técnico do Corinthians mexeu de novo, mandou Roni e Jô a campo, mas o time sequer chegou perto de Fernando Miguel. Sylvinho precisa dar um jeito, de forma urgente, em sua equipe, ou correrá o risco de ver crescer uma pressão da exigente torcida, que já é grande. Caso o futebol da equipe se mantenha nesse nível, esse elenco, pressionado, correrá risco de rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro.