Ex-presidente do Operário segue na vaga de Cezário até 2025
CBF prorrogou em 139 dias a presidência interina de Estevão Petrallás
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) renovou o mandato interino de Estevão Petrallás à presidência da Federação Estadual de Futebol por mais 139 dias. A decisão foi formalizada pela portaria de nº 28/2024, publicada na noite de sábado (23), na página de transparência da entidade esportiva.
A decisão foi tomada com base em pareceres das diretorias de governança e jurídica da CBF, que apontaram a necessidade de garantir a continuidade da gestão da FFMS para não comprometer os interesses do futebol local. Além disso, o TJDMS (Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul) já havia solicitado à Confederação a nomeação de um novo gestor temporário até as eleições para o cargo.
Conforme o texto, assinado pelo presidente Ednaldo Rodrigo, a CBF estendeu a permanência do interino até 10 de abril de 2025, "[...] com possibilidade de cessação caso novas eleições sejam realizadas durante o período estipulado". Ou seja, o mandato de Petrallás terminará em caso de posse de um novo presidente eleito.
A prorrogação ocorre após a revogação da prisão preventiva de Francisco Cezário de Oliveira, de 78 anos, presidente afastado da FFMS, que teve seu mandato suspenso em virtude da Operação Cartão Vermelho. No âmbito geral, a ação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) investigou desvios milionários nos repasses destinados ao futebol local.
"Embora a prisão de Cezário tenha sido substituída por medidas cautelares, a CBF avaliou que o dirigente ainda não estava apto a retomar suas funções à frente da federação, o que poderia prejudicar a administração e o calendário de competições do futebol no estado", discorre o titular da CBF.
"Banco dos reservas" - O presidente eleito para vaga de Cezário, e com mandato até 2027, assumiria nesta segunda-feira (25). Deliberado em assembleia geral no dia 14 de outubro, o pleito seria em 1º de novembro. Mas, o ex-presidente do Cene (Clube Esportivo Nova Esperança), Paulo Telles, entrou com mandado de garantia, que causou o adiamento. O primeiro prazo para que os candidatos mandassem os documentos era dia 17 de outubro. Ainda conforme o edital da eleição, o prazo era de três dias para análise dos documentos e divulgação dos nomes.
O estatuto da Federação de Futebol previa três dias úteis. Porém, houve demora na análise. O documento foi divulgado somente em 28 de outubro. Os nomes aptos, à época dos fatos, eram: Américo Ferreira (ex-presidente do Novo); André Baird (presidente do Costa Rica); Cláudio Barbosa (presidente do Comercial); Estevão Petrallás (ex-presidente do Operário e atual interino da FFMS); Marcos Araújo (presidente do Dourados); Paulo Telles (ex-presidente do Cene); Toni Vieira (ex-presidente do Operário).
Nesse período, Américo Ferreira desistiu de concorrer. Já nesta sexta (22), foi a vez de Cláudio Barbosa também desistir. O presidente do Comercial também criticou a condução de Estevão diante da eleição.
"Na assembleia ele foi mantido com garantia de fazer novas eleições justas e transparentes, sendo eleita uma junta governativa para estar juntos no trabalho e conduzir o processo com democracia. Após isso uma confusão tremenda, que permanece até os dias de hoje. Pensei muito a respeito de toda situação. Decidi não ser mais candidato".
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