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Esportes

Fanáticos demonstram amor pelo Palmeiras e fazem as apostas para o jogo

Helton Verão | 22/11/2013 13:25
Caio e sua baita coleção com 50 camisas, fora fronhas, cobertor, copos, xícaras, mascotes, entre outros vários tipos de peças (Foto: Arquivo Pessoal)
Caio e sua baita coleção com 50 camisas, fora fronhas, cobertor, copos, xícaras, mascotes, entre outros vários tipos de peças (Foto: Arquivo Pessoal)

Após cinco anos de espera, os palmeirenses de Campo Grande e do Mato Grosso do Sul enfim irão matar a saudade do clube atuando no Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão. O alviverde irá receber a taça e a faixa de campeão do Campeonato Brasileiro da Série B, no sábado no jogo contra o Ceará, às 16h20 (de MS). E os mais fanáticos se dividem sobre o que esperam do jogo.

Como a equipe cearense ainda está na disputa por uma das vagas na primeira divisão no ano que vem, alguns palmeirenses ainda evitam em cantar vitória antes da hora. “Creio que será bem disputado, pelo fato de termos conquistados nossos objetivos já e o Ceará estar brigando diretamente pra subir”, ressaltou o jornalista Caio Possari, 24.

Ele e o irmão Daniel são os únicos palmeirenses em uma família composta por santistas. “Costumo dizer que não é a gente que escolhe o Palmeiras e sim ele que escolhe a gente. O Palmeiras é um estilo de vida que me guia, eu vivo o clube”, explicou Possari, que além do irmão "contagiou" a mãe.

Com cerca de 50 camisas do Alviverde em seu guarda-roupas, além de fronhas, cobertor, copos, xícaras, mascotes, entre outros vários tipos de peças, Caio tem algumas superstições pelo Palmeiras. “Quando assisto jogos na sala da minha casa tenho a camisa da sorte. Nos escanteios para o adversário, bato na madeira. Quando vou ao estádio não levo bandeira, essa última foi porque quando era criança, enfeitei toda a sala para uma final e o Palmeiras estava ganhando por 3 a 0 e acabou levando a virada”, revela Possari.

Outro detalhe, não tente entrar no quarto de Caio enquanto acontece um jogo do Verdão. E se ele estiver viajando para ver algum jogo, ele fica trancado. “Nele ficam todos os meus tesouros do Palmeiras. Fico olhando e deixo tudo organizado, então prefiro que ninguém entre” conta.

Caio diz que ele teve culpa no rebaixamento do clube no ano passado. De acordo com ele, quando o clube foi campeão da Copa do Brasil daquele mesmo ano, ele fez 12 promessas e diz não ter conseguido pagar todas.

Luan mostra sua coleção e seu otimismo para a partida de sábado
Luan mostra sua coleção e seu otimismo para a partida de sábado

Otimismo - O auxiliar administrativo, Luan Gomes, 26, é outro palmeirense fanático. Ele já tem outra expectativa para a partida no Morenão. e responde de cara: “Vamos ganhar de 3 a 0 fácil”, avisa.

De família gremista, Luan ficou fascinado com o time de 1993, com Evair, Edmundo e companhia. “Lembro que em uma festa de aniversário, um primo de Cuiabá estava aqui. A decoração era toda do Grêmio, afinal meu pai torce para o time gaúcho. E esse meu primo me convenceu. Vi o Edmundo e a torcida e me apaixonei”, conta Gomes, que tem a preferencia pelo número 7 em suas camisas.

Os dois torcedores lamentam a fase dos últimos anos e que ela prejudica o crescimento da torcida, que hoje ainda figura entre o 4º e o 5º entre as mais numerosas do Brasil. “A fase ruim atrapalha. Temos exemplos recentes como a torcida do Santos que com Robinho e Neymar arrecadaram muitos torcedores. Temos ganhado torcedores através dos filhos de palmeirenses. Afinal, dificilmente um palmeirense vai ter um filho que não torça pelo clube. Não quis torcer pelo Santos porque não passava atenção e energia que recebi do Verdão”, descreve Caio.

Luan lembra que o cenário que conheceu em São Paulo através das caravanas, chama a atenção. “São pessoas de várias idades demonstrando uma paixão incondicional, eles abastecem a torcida do Verdão com cada vez mais torcedores”, avalia o torcedor.

"Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível!", finaliza Luan, citando a frase do falecido jornalista Joelmir Betting.

Sonho – Os dois fanáticos têm sonhos um pouco diferentes. Luan pensa no Mundial de Clubes em 2015. “Ganhar alguma competição importante em 2014 e quem sabe o Mundal em 2015”, almeja.

Caio sonha em conhecer pessoalmente o ex-goleiro e ídolo incondicional do clube, Marcos. “Meu sonho é conhecer o Marcos, meu ídolo maior. O motivo de mutas pessoas amarem o Palmeiras nas últimas décadas. Meu filho vai se chamar Marcos. Minha namorada já até aceitou”, ressalta o jornalista.

Existe a possibilidade do ídolo da torcida palmeirense vir a Campo Grande também. Ele segue como funcionário do clube, viajando o País propagando a marca do clube. Como o Palmeiras irá receber a taça, Marcos poderá figurar no Morenão.

Palmeiras e Ceará jogam no Morenão, no sábado, às 16h20. O jogo não será transmitido na TV aberta, então aproveite para comprar seu ingresso.

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