Fifa agora prega respeito a jornalistas e defensores de direitos humanos
A entidade lançou hoje um mecanismo de reclamações na Internet com a proposta de garantir o respeito às liberdades fundamentais em todas as suas atividades
A Fifa tem se esforçado para mostrar ao mundo que vive uma nova era, depois dos escândalos de corrupção que derrubaram o ex-presidente Josep Blatter em 2015, quatro dias depois de ter sido reeleito para o seu quinto mandato.
Nesta quarta-feira, 30, a 15 dias para o início da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, a Fifa lançou na Internet (https://bit.ly/2shER9w) um mecanismo de reclamações para defensores dos direitos humanos e representantes da mídia que entenderem que seus direitos tenham sido violados durante a execução de trabalhos relacionados às atividades da entidade máxima do futebol mundial.
“Este mecanismo pioneiro é um marco importante em nossos esforços para garantir o respeito às liberdades fundamentais em todas as nossas operações. A Fifa está comprometida em fazer sua parte para apoiar os defensores dos direitos humanos e a liberdade de imprensa associada às nossas atividades. Este trabalho é um reflexo da convicção de que todos aqueles que defendem os direitos humanos precisam ser capazes de fazê-lo livremente e sem medo de represálias”, disse a secretária geral da Fifa, a senegalesa Fatma Samoura.
Nota divulgada hoje pela Fifa diz que o mecanismo de reclamações visa respeitar e ajudar a proteger os direitos dos defensores dos direitos humanos e dos jornalistas que cobrem as suas atividades. Ressalta que na Internet, hospedado por um provedor externo especializado e com o mais alto padrão de privacidade e segurança de dados, os interessados encontrarão uma declaração detalhada, especificando o compromisso descrito no parágrafo 11 da Política de Direitos Humanos da entidade, e poderão encaminhar relatórios anônimos.
De acordo com a Fifa, as novas medidas complementam uma série de providências que está adotando em apoio a defensores de direitos humanos e jornalistas, como garantia da liberdade de imprensa através de seus próprios processos de credenciamento de mídia, intervenção em casos específicos trazidos à sua atenção, relacionados a suas atividades, e a inclusão de requisitos relacionados a defensores dos direitos humanos e liberdade de imprensa.
(Matéria produzida com conteúdo da Fifa, traduzido do inglês para o português por Paulo Nonato de Souza)