Fora de campo, Cezário troca defesa pela 2ª vez para voltar a comandar futebol
Novo responsável pela defesa é Fábio Azato; antes passaram André Borges e Júlio César Marques

O ex-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, voltou a mudar sua defesa no processo em que tenta reverter sua destituição do cargo. Desta vez, o advogado Júlio César Marques, que assumiu o caso após a saída de André Borges, também deixou a representação legal de Cezário. O novo responsável pela defesa é Fábio Azato.
RESUMO
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O ex-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, enfrenta uma nova mudança em sua defesa legal no processo que busca reverter sua destituição do cargo. Após a saída de André Borges, o advogado Júlio César Marques também deixou o caso, sendo substituído por Fábio Azato. Cezário tenta anular a assembleia que o destituiu por gestão irregular, alegando falta de processo legal adequado. Ele também é investigado por supostos desvios de recursos na federação, que resultaram em sua prisão preventiva em 2024. A Operação Cartão Vermelho revelou um esquema de desvio de R$ 6 milhões, com mais de 1.200 saques em espécie realizados para evitar detecção.
A troca foi formalizada nesta terça-feira (5), conforme documento anexado ao processo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). No pedido, Marques solicita a exclusão de seu nome dos autos e a inclusão de Azato como novo procurador do ex-dirigente.
Cezário tenta anular na Justiça a assembleia geral extraordinária da FFMS, realizada em outubro de 2024, que o destituiu do cargo sob acusação de gestão irregular e temerária. A defesa argumenta que a assembleia não seguiu o devido processo legal, pois não houve votação prévia para abertura de apuração de responsabilidade.
Além da batalha jurídica, Cezário enfrenta investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), que o acusa de envolvimento em supostos desvios de recursos na federação. Em maio do ano passado, ele chegou a ser preso preventivamente, mas foi liberado com medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de retornar à sede da entidade.
A nova mudança na defesa pode indicar uma nova estratégia no caso, que segue em tramitação na 4ª Câmara Cível do TJMS.
Operação - Em 21 de maio, a Operação Cartão Vermelho apurou desvio de R$ 6 milhões na Federação Estadual de Futebol, que recebe recursos do governo estadual e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Na ocasião, Cezário também saiu preso de casa, mas conseguiu a liberdade pelo procedimento citado acima.
De acordo com o Ministério Público, a ofensiva desbaratou organização criminosa voltada à prática de peculato e delitos correlatos na federação que comanda o futebol no Estado. Foram 20 meses de investigação. “Uma das formas de desvio era a realização de frequentes saques em espécie de contas bancárias da Federação Estadual de Futebol, em valores não superiores a R$ 5 mil, para não alertarem os órgãos de controle, que depois eram divididos entre os integrantes do esquema”, informa a nota da promotoria.
Nessa modalidade, verificou-se que os integrantes da organização criminosa realizaram mais de 1.200 saques, que ultrapassaram o total de R$ 3 milhões.
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