São Paulo aproveita falha de Scarpa e bate o Palmeiras na 4ª vitória seguida
Um São Paulo sem pressa, mas que se apresentou melhor em campo, não precisou de muito esforço para vencer o time alternativo do Palmeiras, nesta sexta-feira à noite, no Allianz Parque. Um gol de Pablo, aos 16 do segundo tempo, após uma falha grotesca de Gustavo Scarpa, deu ao time do técnico argentino Hernán Crespo a quarta vitória consecutiva no Campeonato Paulista.
A equipe tem a melhor campanha do torneio e está com um pé nas quartas de final. O time se concentra agora na Libertadores - na terça encara o Sporting Cristal, no Peru. Do outro lado, o Palmeiras não tem muito tempo para lamentar a crise, já que neste domingo o time estará em campo mais uma vez, contra o Botafogo, em Ribeirão Preto. Na quarta, ainda encara o Universitário, em Lima, no Peru, pela Libertadores.
O jogo representava um risco maior para o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, do que para Hernán Crespo, que comanda o São Paulo Por isso, mesmo poupando vários de seus titulares, que jogaram três vezes nos últimos dez dias, o treinador do Alviverde optou por mandar a campo uma equipe com três jogadores na linha de zagueiros.
Ciente de que o adversário teve pouco tempo para treinar após perder o título da Recopa Sul-Americana para o Defensa Y Justicia, o São Paulo começou o jogo com uma marcação alta, quase na área do goleiro Vinicius Silvestre. A ideia era atrapalhar a saída de bola do Palmeiras e recuperar a bola o mais rápido possível.
O Palmeiras, ao contrário, esperava em seu campo, muito bem fechado e dando pouco espaço para os meias e atacantes tricolores. A melhor chance do primeiro tempo foi também a primeira chance de gol do jogo. Aos nove minutos, Daniel Alves recebeu boa bola de Igor Gomes no setor direito do ataque e cruzou na medida para Luciano, que cabeceou firme, mas a bola passou raspando a trave esquerda da meta do palmeirense.
O lance de perigo fez o Palmeiras aumentar a marcação em cima de Pablo e Luciano, atacantes do São Paulo. A equipe de Crespo passou a ter dificuldade na saída de bola - como o Palmeiras marcava apenas do meio-campo para trás, os meias ficaram sem espaço para receber a bola. Com isso, zagueiros e volantes trocavam passes sem muito objetivo, apenas aumentando a porcentagem de posse de bola da equipe.
Até o final do primeiro tempo o jogo seguiu na mesma. Rodrigo Nestor arriscou chute de longe aos 33 para boa defesa de Vinicius Silvestre. E foi só na primeira etapa.
As duas equipes voltaram com a mesma formação para a segunda etapa. O Palmeiras teve sua primeira boa chance de gol no jogo aos dois minutos. Vinicius Silvestre deu um chutão para frente, o zagueiro Bruno Alves cabeceou para trás e a bola sobrou para Willian, que fora da área, dominou, puxou para a direita e bateu por cima do gol de Tiago Volpi.
Zé Rafael, completamente apagado nos primeiros 45 minutos, se esforçava e tentava carregar mais a bola, procurando alguém no ataque, mas invariavelmente o passe saía para trás.
O Palmeiras teve mais uma boa oportunidade aos dez minutos. Gustavo Scarpa tabelou com Mayke, cortou a marcação de Igor Gomes e chutou forte para ótima defesa de Volpi.
O São Paulo atacava com muita calma, o que facilitava o desarme pelo lado palmeirense. Mas, como o time marcava em cima, uma roubada de bola seria fatal - e foi o que aconteceu. Aos 16 minutos, Pablo recebeu bola em profundidade, mas o goleiro Vinicius Silvestre saiu e ficou com a bola. Na reposição, ele tocou curto nos pés de Gustavo Scarpa, que tentou um toque de classe em cima de Daniel Alves, que roubou a bola e cruzou rasteiro para o próprio Pablo, livre, só escorar para o fundo do gol.
O Palmeiras se arrastava e não ameaçava o São Paulo. Para tentar mudar isso, Abel Ferreira fez em três minutos suas cinco alterações, mas que além de melhorar a performance do time, ajudou o rival. No fim, Kusevic ainda arriscou de fora da área, mas a bola passou à esquerda de Volpi. Fim de jogo e caminho livre para o São Paulo e estrada tortuosa para o Palmeiras.