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Esportes

Sem Morenão, clubes da Capital já cogitam jogar em Camapuã e Sidrolândia

Paulo Nonato de Souza | 22/11/2016 17:05
Estevão Petrallas, presidente do Operário, indignado com a falta de estádio para jogar em Campo Grande (Foto: Arquivo)
Estevão Petrallas, presidente do Operário, indignado com a falta de estádio para jogar em Campo Grande (Foto: Arquivo)

Sem o Estádio Morenão, interditado pelo Ministério Público Estadual desde setembro de 2014, os clubes de Campo Grande que disputam o Campeonato Estadual seguem no mesmo dilema dos últimos anos: falta de estádio adequado para jogar. A competição do próximo ano tem início programado para o dia 29 de janeiro.

Hoje, o presidente do Operário Futebol Clube, Estevão Petrallas, disse que as cidades de Camapuã e Sidrolândia, distantes 134 Km e 60 km, respectivamente, em relação a Campo Grande, são opções dos clubes da Capital que vão disputar o Campeonato Estadual de 2017.

Segundo Petrallas, o estádio municipal de Camapuã tem todas as condições de receber jogos do futebol profissional sul-mato-grossense. “A estrutura é boa e o gramado é um tapete. O que falta é a instalação de um para-raio orçado em R$ 12 mil e não acredito que a nova administração da Prefeitura (o novo prefeito toma posse dia 01 de janeiro) vai querer arcar com esse investimento logo no início de gestão.

O dirigente operariano prefere nem cogitar a ideia de ter que voltar a mandar jogos no Estádio Jacques da Luz, no bairro Moreninhas, por conta das péssimas condições do gramado e da falta de estrutura.

“É fundamental que o Morenão seja reaberto, que as obras de adequação ao Estatuto do Torcedor sejam logo realizadas. É uma vergonha, mas essa é a realidade do futebol profissional em Campo Grande. O Operário já tem 70% do seu elenco formado para o Campeonato Estadual e ainda não sabemos onde vamos jogar”, comentou Petrallas.

Em entrevista ao Campo Grande News na última sexta-feira, dia 18, o reitor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), professor Marcelo Augusto Santos Turine, disse que o início da primeira fase da revitalização do Morenão estava dependendo apenas da assinatura de um acordo de anuência entre a instituição responsável pela administração do estádio e as outras partes envolvidas para o acesso de operários no canteiro de obras.

De acordo com o reitor, a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) já tem disponível o recurso liberado pelo Governo do Estado (R$ 200 mil) para a adequação do estádio às normas do Estatuto do Torcedor, como instalação de corrimãos nas escadarias, elevação de guarda-corpos nas muretas e sinalização de saídas de emergência.

Na entrevista, o reitor garantiu que o documento entre as partes seria assinado esta semana. “Essa é uma demanda de caráter urgente e assumimos o compromisso de estabelecer, por via legal, um acordo de cooperação técnica entre a UFMS e a FFMS. O Estádio Morenão é um espaço estratégico para o esporte em Mato Grosso do Sul e precisamos assinar esse documento no máximo até a próxima semana para dar início logo nas adequações necessárias”, disse o reitor na última sexta-feira.

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