Suspeita de irregularidade pode paralisar Estadual às vésperas da final
Aquidauanense acusa Novo de jogar com atleta irregular; Costa Rica e Operário têm 1º jogo da final no domingo
O Aquidauanense, equipe de futebol de Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande, apresentou notícia de infração disciplinar desportiva à Procuradoria do TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de Mato Grosso do Sul) contra o Novo, acusando a equipe de incluir jogador de forma irregular em uma partida do Campeonato Sul-Mato-Grossense.
Caso a denúncia seja aceita, o clube de Sidrolândia poderá ser penalizado e ter que se retirar da competição, que está na fase final - Costa Rica e Operário jogarão nos próximos dois finais de semana e decidirão o título estadual deste ano.
A decisão entende que o resultado da partida será mantido, mas que o clube infrator não terá computados eventuais critérios de desempate e poderá ser excluído. Por se tratar de partida que tem ligação direta com fases finais do torneio, há o entendimento que o campeonato deve ser suspenso até o julgamento.
Na temporada, os clubes se enfrentaram duas vezes, ainda na primeira fase, de grupos - na ida, o Novo ganhou por 3 a 0 e, na volta, o Aquidauanense levou a melhor, por 1 a 0.
Pelos critérios de classificação nos grupos, Novo perdeu para o Operário nas quartas de final, enquanto o Aquidauanense foi derrotado para o Costa Rica, na mesma fase.
Denúncia - O documento apresentado relata que o jogador Lisandro Pires, de inscrição CBF nº 609.503, foi incluído pela equipe sidrolandense após o prazo de inscrição para a competição ter se encerrado.
De acordo com o RGC (Regulamento Geral de Competições) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o prazo se encerra no dia útil anterior à última rodada da primeira fase da competição. Conforme o documento apresentado pelo Aquidauanense, o jogador teria o dia 17 de março como prazo para ser inscrito, mas apenas foi incluído em 18 de março.
O Aquidauanense pede a eliminação do Novo da competição, seguindo o artigo 214 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê perda do número máximo de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e multa de R$ 100 a R$ 100 mil para casos em que há inclusão de atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente.