Taxa cobrada pela UFMS faz Morenão virar pesadelo para os clubes
O Estádio Morenão ficou quase três anos interditado por determinação do MPE (Ministério Público Estadual), mas a alegria pela sua reabertura, há menos de um mês, já virou um pesadelo para os dirigentes dos clubes locais.
É que a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), responsável pela administração do estádio, mas que nada faz pela sua manutenção, apresenta taxas consideradas absurdas pelos dirigentes para o uso do estádio, como a cobrança de R$ 16 mil para o jogo de estreia do Esporte Clube Comercial na Copa do Brasil 2017, nesta quarta-feira, contra o Joinville de Santa Catarina. No Campeonato Estadual, a mesma taxa é de R$ 2,5 mil.
“O que leva a Universidade cobrar R$ 2,5 mil para jogos do Campeonato Estadual e R$ 16 mil na Copa do Brasil, se o estádio e as condições do estádio são as mesmas?”, questionou o presidente do Comercial, Walter Mangini. “Talvez a Universidade entenda que o Estadual é jogo e a Copa do Brasil é um evento, só pode ser isso. Mas acontece que a nossa realidade de pouco público e renda baixa é a mesma”, ressaltou.
Walter Mangini disse que conseguiu negociar a redução da taxa da UFMS, de R$ 16 mil para R$ 5 mil, sob pena de não ter o jogo com o Joinville na noite de hoje.
“Mesmo assim o valor ainda está muito alto, considerando que a renda não deve ser suficiente para as despesas normais”, disse Mangini. No jogo de hoje é esperado um público de mil pagantes, e só com arbitragem, segundo ele, o Comercial, como mandante da partida, terá uma despesa de R$ 12 mil.
HISTÓRICO - O estádio passou por obras de adequação às exigências do Estatuto do Torcedor durante o mês de dezembro e início de janeiro, antes de ser reaberto com a primeira rodada do Campeonato Estadual no dia 29 de janeiro.
Na parte de campo foram implantadas proteção do fosso com guarda-corpo e corrimão em todas as escadas e rampas de acesso. No setor da arquibancada coberta foi feita a ampliação de 10 centímetros no guarda-corpo e 20 centímetros nas rampas externas, além de troca de cadeiras danificadas, pintura e marcação de lugares na arquibancada coberta, instalação de lâmpadas e placas de sinalização nas saídas do estádio.
Os recursos investidos, cerca de R$ 500 mil, foram viabilizados pelo Governo do Estado (R$ 150 mil) e o restante pela FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul). A UFMS entrou com a autorização para que as obras fossem realizadas.